17 julho 2020

A mais recente imagem obtida pelo Hubble


Galáxia NGC 2775, situada a 67 milhões de anos-luz, tal como foi fotografada pelo telescópio espacial Hubble (Foto: ESA/Hubble & NASA, J. Lee and the PHANGS-HST Team; Acknowledgment: Judy Schmidt (Geckzilla))

O telescópio espacial Hubble está a chegar ao fim da sua vida. Completou vinte anos de órbita em volta da Terra, desde que foi lançado para o espaço em 24 de abril de 1990, o que em termos tecnológicos é quase uma eternidade. O Hubble é tão antigo, que já devia ter sido desligado e transformado em sucata espacial, mas a comunidade internacional tomou-se de amores por ele e movimentou-se no sentido de lhe dar mais um pouco de fôlego, até que o seu sucessor, o telescópio espacial James Webb, esteja em condições de pegar no seu testemunho e procurar levar muito mais longe ainda, e com muito mais pormenor ainda, a nossa visão do Universo.

O que o telescópio espacial Hubble nos mostrou ao longo dos seus vinte anos de existência é absolutamente assombroso. Este telescópio revolucionou, no mais completo sentido do termo, o nosso entendimento do Universo. Nunca ninguém tinha visto, ou sequer imaginado, imagens tão impressionantes como as que o Hubble obteve, algumas das quais se podem ver nesta página, por exemplo, e muitíssimas mais podem ser encontradas na Internet.

Pois agora, como uma espécie de "canto do cisne", o telescópio Hubble presenteou-nos com a imagem reproduzida acima, a de uma deslumbrante galáxia situada à distância de 67 milhões de anos-luz e fotografada na constelação do Caranguejo. É uma galáxia tão longínqua, que a sua luz demorou 67 milhões de anos a chegar à Terra. Os astrónomos puseram a esta galáxia o nome científico de NGC 2775.

O telescópio espacial James Webb está pronto para ser lançado para o espaço, o que deverá acontecer em Março de 2021, se tudo correr bem. Que surpresas nos reservará ele?

Comentários: 4

Blogger Maria João Brito de Sousa escreveu...

Até eu fiquei profundamente ligada ao velho Hubble... toda a matéria é finita e há, porém, que passar o testemunho aos mais jovens...

Abraço

17 julho, 2020 10:31  
Blogger Rogério G.V. Pereira escreveu...

A Humanidade
no seu melhor...

18 julho, 2020 00:20  
Blogger Ricardo Santos escreveu...

Sou completamente a favor da ciência no sentido do Bem, não do mal. Espero que os cientistas tenham a força suficiente para travar, embora já se diga que a data limite já passou, a destrução do planeta Terra, onde vivemos, de donde comemos e onde, infelizmente, temos destruído tudo o que se nos aprtaz destruir. São 30% a construir e 70% a destruir !
Fernando peço desculpa por este comentário tão negativo, mas a minha tristeza é muito grande porque acho que não vamos deixar nada para os nossos filhos e para os nossos netos. Aquilo que se tem feito de maravilhoso pelo Homem, tem sido destruído pelo "homenzinho" !

As imagens do Hubble são surpreendentes !

Abraço

19 julho, 2020 18:02  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Um minuto tem 60 segundos. Uma hora tem 60 minutos. Um dia tem 24 horas. Um ano tem 365 dias. Logo, um ano tem 60 vezes 60 vezes 24 vezes 365 segundos, ou seja, tem 31536000 segundos.

A velocidade da luz é muito aproximadamente de 300000 km/s. Quer isto dizer que num segundo a luz percorre uma distância de 300000 km. Como um ano tem 31536000 segundos, ao fim de um ano a luz percorre uma distância correspondente ao produto de 300000 por 31536000, isto é, percorre uma distância de 9460800000000 km.

Como esta galáxia está a 67 milhões de anos-luz da Terra, então a sua luz percorreu uma distância correspondente a 67 milhões multiplicados por 9460800000000, o que dá 633873600000000000000 km.

Conclusão: esta galáxia está a 9 biliões, 460 milhares de milhões e 800 milhões de quilómetros de distância!

Espero não me ter enganado nas contas, o que é muito frequente.

21 julho, 2020 03:08  

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