03 dezembro 2020

Columbano Bordalo Pinheiro


Retrato de Bulhão Pato, 1883, de Columbano Bordalo Pinheiro (1857–1929), óleo sobre madeira, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal

Columbano Bordalo Pinheiro foi um dos mais destacados pintores portugueses da transição do séc. XIX para o séc. XX. Nascido em Cacilhas, Almada, no ano de 1857, Columbano Bordalo Pinheiro pertencia a uma família de artistas, pois era filho do pintor e escultor Manuel Maria Bordalo Pinheiro, irmão do caricaturista e ceramista Rafael Bordalo Pinheiro, o criador da personagem Zé Povinho (que detesto, aliás!), e também irmão da pintora e rendeira Maria Augusta Bordalo Pinheiro. Está visto que a família Bordalo Pinheiro tinha o ADN da Arte.

Columbano Bordalo Pinheiro começou por frequentar a Academia de Belas-Artes de Lisboa e depois continuou a sua formação em Paris, onde contactou com a arte de Degas e Manet, cuja influência se deteta na sua pintura. Quando regressou a Portugal, Columbano juntou-se a um grupo de artistas que se reunia habitualmente na Cervejaria Leão, em Lisboa, o chamado "Grupo do Leão", que ele retratou. Tornou-se igualmente professor da Academia de Belas-Artes de Lisboa, de que tinha sido aluno e onde lecionou Pintura Histórica.

De facto, a pintura de temas históricos foi uma das suas mais destacadas produções, tendo pintado numerosas obras que poderão ser admiradas na Assembleia da República, no Museu Militar de Lisboa e em outros edifícios e instituições. Mas foi sobretudo como retratista que Columbano Bordalo Pinheiro mais se distinguiu, produzindo um conjunto de retratos de personalidades da sua época que são cheios de caráter e de expressividade.

A seguir à implantação da República, Columbano Bordalo Pinheiro foi nomeado diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea, cargo que abandonou após o golpe militar de 28 de maio de 1926. Faleceu em Lisboa em 1929.
  

Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, 1884, de Columbano Bordalo Pinheiro (1857–1929),  óleo sobre madeira, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal

Um Concerto de Amadores, 1882, de Columbano Bordalo Pinheiro (1857–1929), óleo sobre tela, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal

Antero de Quental, 1889, de Columbano Bordalo Pinheiro (1857–1929), óleo sobre tela, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal

Maria Cristina Bordalo Pinheiro, 1912, de Columbano Bordalo Pinheiro (1857–1929), óleo sobre tela, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal

Autorretrato de Columbano Bordalo Pinheiro (1857–1929), óleo sobre tela, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal

Retrato de Teófilo Braga, 1917, de Columbano Bordalo Pinheiro (1857–1929), óleo sobre tela, Palácio de Belém, Lisboa, Portugal

Comentários: 1

Blogger Ricardo Santos escreveu...

Um dos Mestres da Pintura Portuguesa. Gosto bastante !

07 dezembro, 2020 21:14  

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