Frecha da Mizarela
Em Portugal não existem cataratas como as do Iguaçu ou as do Niagara, mas existe uma queda de água em que o pequeno rio Caima se despenha de uma altura superior a 60 metros. Fica na Frecha da Mizarela, na Serra da Freita, a cerca de 50 km desta cidade do Porto.
Para se ter uma ideia das dimensões desta queda de água, repare-se que a vegetação que está no alto da escarpa é constituída por pinheiros adultos.
Mais a jusante, o rio Caima muda de nome e passa a chamar-se Antuã. É com este nome que o rio passa junto a Estarreja e desagua no rio Vouga.
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PCosta, a norte do Douro existem umas outras quedas. Chamam-se Fisgas do Ermelo e ficam na Serra do Alvão, na confluência dos concelhos de Vila Real e Mondim de Basto.
A título de curiosidade, refiro que a poucos quilómetros das Fisgas fica uma aldeia, chamada Barreiro, em que as casas são todas cobertas de colmo, à excepção da escola. Um morador disse-me que a cobertura de colmo é muito mais acolhedora no Inverno do que as telhas. Há outras aldeias na mesma serra com algumas casas cobertas de colmo, mas não todas.
Em Angola também há, pelo menos, um rio com dois nomes, embora a diferença entre eles não seja tão grande: o rio Dande, que desagua a poucas dezenas de quilómetros a norte de Luanda, chama-se Dange mais para montante.
Não conheço bem a zona, mas de uma rápida pesquisa fiquei com a ideia que os rios Caima e Antuã são rios distintos; aquele é um afluente do Vouga, este desagua directamente na Ria de Aveiro.
Caro Patchouly, tem toda a razão, os rios Caima e Antuã são realmente distintos. Confundi o Caima com o Ul. Ao passar junto a Santiago de Riba-Ul, no concelho de Oliveira de Azeméis, o rio Antuã é chamado rio Ul. Ai esta cabeça, esta cabeça...
Prezada Ana_P, a confusão entre o Antuã e o Ul já não é minha! Foi uma pessoa da região de Oliveira de Azeméis que me disse que o Antuã e o Ul eram um e o mesmo rio. Se não são, então eu fui enganado...
Quanto à Serra da Freita (que na verdade é mais um pequeno planalto do que uma serra), gosto imenso dela. Já me fartei de a percorrer a pé em todas as direcções. Era por ela que passava a estrada romana que ligava o Porto a Viseu. A 3 ou 4 km para leste de Albergaria das Cabras (agora chamada Albergaria da Serra; que mal é que as cabras fizeram?) ainda existem restos da calçada romana. Também podíamos falar das mamoas (túmulos pré-históricos) e das pedras parideiras.
Sobre a polémica Antuã/Ul, ver: rioantua.blogspot.com
Linhadovouga, antes de mais, dou-lhe as boas vindas à blogosfera. Desejo-lhe o maior êxito para o seu novo blog, dedicado a uma região que é muito rica em belezas naturais, em tradições populares e em património construído.
Está visto que a questão Antuã/Ul é confusa. Bem fizeram os transmontanos em chamarem Rio Tua apenas à parte que fica para jusante da confluência entre o Tuela e o Rabaçal. Assim, não há lugar para dúvidas nem confusões. Em vez de discutirem qual é o rio principal e qual é o rio afluente, eles afirmam que o Tua é o resultado da união das águas do Tuela e do Rabaçal, a montante de Mirandela. Dois rios juntam-se e dão origem a um terceiro. Nada mais simples.
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