31 dezembro 2019

Música africana para dançar na noite de São Silvestre ou noutra ocasião qualquer


Soukous Machine, por Tchico Tchicaya, de Brazzaville


AZDA, por Franco, de Kinshasa (apenas áudio). Esta rumba congolesa, do popularíssimo músico Franco, é publicidade! É um anúncio a uma firma concessionária da Volkswagen na antiga República do Zaire, atual República Democrática do Congo, chamada AZDA. Como pagamento por este anúncio, cada músico recebeu uma carrinha Volkswagen Kombi, vulgo "Pão-de-Forma"...


Merengue 69, pelo conjunto Os Kiezos, de Luanda

28 dezembro 2019

Avelar Rebelo


Circuncisão, óleo sobre tela da oficina de Avelar Rebelo (c.1600–1657), igreja de São Pedro, Palmela, Portugal

José de Avelar Rebelo foi um pintor português nascido em Lisboa entre 1600 e 1610. Adepto entusiástico da Restauração da Independência, Avelar Rebelo tornou-se pintor régio de D. João IV e gozou de grande prestígio em vida. Faleceu em 1657.

25 dezembro 2019

Presente de Natal para as Crianças


Presente de Natal para as Crianças, cantata constituída por cânticos de Natal tradicionais de Portugal harmonizados por Fernando Lopes-Graça (1906–1994). Interpretação pelo Coro dos Pequenos Cantores da Academia dos Amadores de Música, de Lisboa, dirigido por Paula Coimbra, e acompanhamento ao piano por Luis Machado Pinto. Esta cantata é constituída pelos seguintes cânticos populares: Os Pastores e o Menino, O Menino da Bandeirinha Vermelha, O Choro do Menino, Os Pastores a Caminho de Belém, Caminham as Três Marias, Louvação do Menino, Porque Chora o Menino, Chacota do Menino, A Humildade do Menino e O Exemplo do Menino

21 dezembro 2019

Um canto de trabalho


Excerto de um episódio da série Povo que Canta, de Michel Giacometti, realizado em 1972 por Alfredo Tropa e produzido por Francisco d'Orey e Manuel Jorge Veloso para a RTP. Uma camponesa da freguesia de Dornelas do Zêzere, no concelho de Pampilhosa da Serra, canta enquanto trabalha numa nora para irrigar as hortas

14 dezembro 2019

Património Imaterial da Humanidade: Caretos, Morna e Bumba Meu Boi


Património Imaterial da Humanidade: Caretos (Portugal). A tradução para português das partes faladas em inglês está disponível sob a forma de legendas, que podem ser ativadas neste vídeo


Património Imaterial da Humanidade: Morna (Cabo Verde). Mar Eterno, uma morna velhinha de Eugénio Tavares, por Gardénia


Património Imaterial da Humanidade: Bumba Meu Boi (Brasil)

11 dezembro 2019

Selma Fernandes


Selma Fernandes na capa de uma revista

Não há muito que eu possa dizer sobre Selma Fernandes. Praticamente só conheço os belos trabalhos fotográficos que tem publicado nas redes sociais, e pouco mais.

Nestas condições, apenas poderei dizer que Selma Fernandes é angolana, natural e residente em Luanda, mas com raízes familiares no sul de Angola, creio que na província do Namibe. Foi fundadora, juntamente com Adalberto Gourgel, de uma organização de apoio aos albinos angolanos, chamada GVAPAA - Grupo Voluntário de Apoio a Pessoas com Albinismo em Angola. A situação dos albinos em Angola não é tão trágica como em alguns países da África Oriental, mas mesmo assim eles sofrem muita discriminação. A GVAPAA procura dar-lhes apoio, não só em termos de aconselhamento, mas também através da recolha e disponibilização de meios de proteção da pele, como protetores solares, roupas, bonés, etc.

Em 2015, Selma Fernandes sofreu um grave acidente de viação no Cuanza Sul, em que morreu o seu acompanhante Adalberto Gourgel. Conseguiu recuperar dos ferimentos sofridos e refazer a sua vida. Continua ativa nas redes sociais, nomeadamente no Facebook.




Jovem mumuíla (Foto: Selma Fernandes)


Mucubais (Foto: Selma Fernandes)





Selma Fernandes acarinhando uma criança albina (Foto: Adalberto Gourgel)

07 dezembro 2019

Tôdalas cousas eu vejo partir


Tôdalas cousas eu vejo partir
do mundo em como soíam seer,
e vejo as gentes partir de fazer
bem que soíam, tal tempo nos vem!
Mais nom se pode o coraçom partir
     do meu amigo de mi querer bem.

Pero que home parte o coraçom
das cousas que ama, per bõa fé,
e parte-se home da terra onde é,
e parte-se home d'u [mui] gram prol tem,
nom se pode parti'lo coraçom
     do meu amigo de mi querer bem.

Tôdalas cousas eu vejo mudar:
mudam-se os tempos e muda-se o al,
muda-se a gente em fazer bem ou mal,
mudam-se os ventos e toda outra rem,
mais nom se pode o coraçom mudar
     do meu amigo de mi querer bem.

João Airas (sécs. XIII-XIV?), trovador galego


NOTAS

Tôdalas cousas eu vejo partir / do mundo em como soíam seer - Todas as coisas do mundo eu vejo afastar-se do que costumavam ser

Soíam - Costumavam

Pero - Embora, ainda que

Per bõa fé - Juro

E parte-se home d'u [mui] gram prol tem - E parte de onde a vida lhe corre bem

U - Onde

O al - O resto

Rem - Coisa


03 dezembro 2019

Fantasia em Ré



Fantasia em Ré, de António Carreira, compositor português do séc. XVI, por João Vaz no órgão da Igreja de São Vicente de Fora, Lisboa