31 dezembro 2021

Música para ajudar a enxotar o ano velho


C'est Si Bon, por Louis Armstrong

Les Feuilles Mortes, por Yves Montand

Whatever Will Be, Will Be (Que Será, Será), por Doris Day

Palabras, por Patxi Andion

Poetas Andaluces, por Aguaviva

29 dezembro 2021

Corrida entre o macaco e a tartaruga


(Desenho de autor desconhecido)

Um dia um macaco e uma tartaruga envolveram-se numa forte discussão sobre quem era mais veloz. O macaco dizia que a tartaruga não tinha fôlego para correr com ele. E a tartaruga também afirmou que o macaco não podia competir com ela. E como ninguém dava o braço a torcer, decidiram organizar uma corrida, para ficarem a saber qual dos dois era mais rápido. Escolheram um leão para árbitro, e este fixou a data da competição para dois dias depois do início da disputa.

Entretanto, como a tartaruga sabia que não tinha recursos físicos para rivalizar com o macaco, decidiu pôr em prática um estratagema para neutralizar o adversário. Na véspera da corrida, arranjou dois cachos de bananas bem cozidos, levou-os à tardinha para o local da contenda e colocou-os na berma da estrada, de forma visível.

No dia seguinte, logo de manhã, os dois apresentaram-se pontualmente no ponto de partida. Mal foi dado o sinal de partida, o macaco disparou logo à frente. Ao virar numa curva à sua esquerda, o macaco deu com um dos cachos de banana. Parou e olhou para trás, para ver se via a tartaruga, mas esta ainda estava bastante atrasada. Pôs-se então a comer até acabar todas as bananas que havia no cacho. Retomou a corrida e passado algum tempo deparou-se de novo com um segundo cacho de bananas na berma da estrada. Deteve-se outra vez para se deleitar com o fruto. Antes, virou-se para verificar onde se encontrava a tartaruga, mas a estrada estava deserta. Confiante, o macaco sentou-se e deu largas ao seu apetite. Comeu, comeu e comeu tanto, que alguns minutos depois acabou por adormecer no local. Acordou cerca de seis horas depois, quase ao pôr-do-sol. Arrancou a toda a velocidade, mas já era tarde. Enquanto dormia, a tartaruga aproveitou para recuperar o atraso, cortou a meta em primeiro lugar, e ficou sentada tranquilamente à espera do macaco.


Conto tradicional manjaco recolhido em Canchungo, Guiné-Bissau

23 dezembro 2021

Votos de Feliz Natal, apesar da pandemia


Natividade, fresco do pintor e arquiteto italiano Giotto (1266–1337), Capella degli Scrovegni, Pádua, Itália


Stille Nacht, Heilige Nacht, de Franz Xaver Gruber (1787–1863) e Joseph Mohr (1792–1848), por quatro elementos do coro dos Pequenos Cantores de Viena (Wiener Sängerknaben)

18 dezembro 2021

Central telefónica automática analógica Strowger


Uma central telefónica manual nos Estados Unidos, em 1943. Em Portugal, até à década de 30 do século passado, as telefonistas não se podiam casar. Sempre que alguma se casasse, era obrigada a abandonar o seu posto de trabalho (Foto de autor desconhecido)

Depois de Alexander Graham Bell ter inventado o telefone, este foi-se pouco a pouco disseminando, até que foi lançado o serviço telefónico público, em que cada pessoa podia falar ao telefone com qualquer outra pessoa que tivesse subscrito o mesmo serviço. Cada telefone que estivesse instalado na residência ou na empresa de um assinante ficava ligado, por um par de fios elétricos, a um edifício chamado central telefónica. Neste, uma equipa de senhoras, as telefonistas, estabelecia as ligações pretendidas, através da introdução de cabos elétricos em cavilhas existentes num painel que elas tinham diante de si. Tudo era feito manualmente e de acordo com os desejos manifestados por voz às telefonistas.

Numa cidade do Kansas, nos Estados Unidos, vivia um cangalheiro chamado Almon Brown Strowger. Na central telefónica da cidade, trabalhava uma telefonista que era casada com um cangalheiro rival do sr. Strowger. Sempre que alguém pedia a esta telefonista para ligar para «a funerária», a senhora ligava sempre para a agência do marido, e nunca para a do sr. Strowger. Sentindo-se prejudicado, o sr. Strowger, que era um "engenhocas", resolveu inventar um sistema que eliminasse a necessidade de uma telefonista no estabelecimento de chamadas telefónicas. Inventou o serviço telefónico automático, que tomou o seu nome e o manteve, mesmo depois de muitos aperfeiçoamentos, porque o modo de funcionamento continuou a ser essencialmente o que o sr. Strowger tinha concebido originalmente.

O sistema telefónico Strowger foi de tal forma diferente de tudo quanto se tinha inventado até então, que nenhum engenheiro teria sido capaz de o criar. Só alguém com uma profissão totalmente estranha à engenharia, como a de cangalheiro, teria uma imaginação tão solta, que fosse capaz de se lembrar de conceber um sistema assim. O essencial do seu funcionamento está documentado no pequeno vídeo que se segue. Aquilo mexe tudo. Sobe, desce, roda para a esquerda e roda para a direita, em função dos impulsos elétricos enviados para a central pelo disco do telefone chamador.



As centrais telefónicas automáticas Strowger foram fabricadas aos milhões e foram instaladas em todo o mundo. Portugal também as teve, e muitas. A central telefónica da Rua Andrade Corvo, em Lisboa, que era a maior do país, tinha salas e salas cheias até ao teto de equipamentos semelhantes ao do vídeo. A última central Strowger a ser retirada de serviço em Portugal manteve-se em funcionamento em Alenquer até ao ano 1998.

15 dezembro 2021

Animais divertidos


Uma mãe lontra dá lições de natação ao seu filho, mas este parece que ainda precisa de ser salvo de morrer afogado (Foto: Chee Kee Teo)

Um pombo fica a saber que chegou o outono (Foto: John Speirs)

Uma cria de guaxinim (racoon) parece estar a contar um segredo a outra (Foto: Jan Piecha)

Parece que esta águia tem medo de um pequeno cão-da-pradaria, mas não é verdade. A águia não conseguiu apanhar o cão-da-pradaria, num primeiro momento, e este avançou para ela, surpreendendo-a. Aproveitando a surpresa, o cão-da-pradaria conseguiu fugir e a águia ficou sem almoço (Foto: Arthur Trevino)

Desde 2015, tem tido lugar um concurso fotográfico anual chamado Comedy Wildlife Photography Awards, que tem por finalidade premiar algumas das mais divertidas fotografias do mundo animal do ano. De entre as vencedoras do concurso de 2021, permito-me salientar as fotografias acima reproduzidas. Estas e outras imagens podem ser vistas em https://www.comedywildlifephoto.com/gallery/comedy-widlife-2021-competition-winners.php.

07 dezembro 2021

La Coiffure


La Coiffure, 1907, óleo sobre tela de Henri Matisse (1869–1954), Staatsgalerie, Stuttgart, Alemanha

01 dezembro 2021

Atom Heart Mother


Atom Heart Mother, dos Pink Floyd, tema principal do álbum homónimo publicado em 1970, com Roger Waters, David Gilmour, Richard Wright, Nick Mason, EMI Pops Orchestra, Hafliði Hallgrímsson, John Alldis Choir e Alan Styles