27 fevereiro 2022


(Meme de Manuel Correia de Bastos)

22 fevereiro 2022

Dórdio Gomes


Pont du Carroussel, 1922, óleo sobre tela de Dórdio Gomes (1890–1976). Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

Casas de Malakoff, 1923, óleo sobre tela de Dórdio Gomes (1890–1976). Ministério da Cultura, Lisboa, Portugal

Autorretrato da Natureza-Morta, 1924, óleo sobre tela de Dórdio Gomes (1890–1976). Coleção particular

Dois Banhistas à Beira do Douro, 1928, óleo sobre tela de Dórdio Gomes (1890–1976). Coleção particular

Paisagem do Douro, 1936, óleo sobre madeira de Dórdio Gomes (1890–1976). Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

Minha Família, 1937, óleo sobre tela de Dórdio Gomes (1890–1976). Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

Alentejo, 1941, óleo sobre tela de Dórdio Gomes (1890–1976). Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal

Simão César Dórdio Gomes, de seu nome completo, foi um pintor modernista português que nasceu em Arraiolos em 1890. Formou-se em Pintura Histórica na Academia Real de Belas Artes, em Lisboa, onde foi aluno de Veloso Salgado, Columbano Bordalo Pinheiro, José Malhoa, etc. Viajou pela Europa, viveu alguns anos em Paris e passou alguns meses em Itália, locais onde teve contacto com novas correntes artísticas, que tiveram uma influência determinante no seu próprio estilo de pintura. Em 1926 regressou ao Alentejo e em 1934 tornou-se professor da Escola Superior de Belas Artes do Porto. Faleceu no Porto em 1976.

14 fevereiro 2022

Elegia Siciliana

Grego não, que não sou, mas que saudades
Duma Grécia de artistas e de crentes
Em paisagens e formas permanentes
Onde se apaga a marca das idades!

Pobre latino, já cristão, perdido
Para os deuses pagãos, homem vencido
Pelo arrocho da cruz,
Não tenho olhos, nem serenidade,
Para olhar a verdade
Desta luz!

Miguel Torga (1907–1995)


Cópia romana reduzida, de bronze, datada do ano II D. C., do Discóbolo, do escultor grego Míron (480–440 A. C.). Glyptothek, Munique, Alemanha

07 fevereiro 2022

Sofia Saldanha


Autorretrato de Sofia Saldanha

Sofia Saldanha é uma fotógrafa portuguesa natural de Lisboa, cuja obra incide, sobretudo, sobre rostos e paisagens encontrados em expedições fotográficas que realizou à Patagónia, Namíbia, São Tomé, Noruega, Islândia, Índia, etc. As imagens da sua autoria que aqui se reproduzem foram retiradas do seu site pessoal na internet, onde se poderão admirar muitas outras, todas de grande qualidade.


Etiópia (Foto: Sofia Saldanha)

Etiópia (Foto: Sofia Saldanha)

Etiópia (Foto: Sofia Saldanha)

Etiópia (Foto: Sofia Saldanha)

Zanzibar (Foto: Sofia Saldanha)

Zanzibar (Foto: Sofia Saldanha)

Índia (Foto: Sofia Saldanha)

Índia (Foto: Sofia Saldanha)

São Tomé (Foto: Sofia Saldanha)

Vietname (Foto: Sofia Saldanha)

Mongólia (Foto: Sofia Saldanha)

03 fevereiro 2022

Galáxias em interação


(Foto: ESA/Hubble & NASA, J. Dalcanton, Dark Energy Survey, U.S. Department of Energy (DOE), Fermilab (FNAL), Dark Energy Survey Camera (DECam), Cerro Tololo Inter-American Observatory (CTIO), NoirLab/National Science Foundation/AURA, European Southern Observatory (ESO); Acknowledgment: J. Schmidt)

O telescópio espacial Hubble está quase a atingir a sua aposentação, depois de muitos anos de uma gloriosa "vida", durante a qual nos deu imagens do nosso universo como nunca tinham sido vistas antes e que puseram a humanidade com a boca aberta de espanto.

O telescópio Hubble vai finalmente ser substituído pelo telescópio James Webb, que acabou de chegar ao seu ponto de destino, o chamado ponto L2, o segundo dos cinco pontos de Lagrange, que são os pontos onde as atrações gravitacionais da Terra e do Sol se anulam mutuamente. Enquanto estiver no seu ponto de Lagrange, o Webb não sofrerá a influência de qualquer força que o tire do seu lugar.

A colocação no espaço do telescópio Webb decorreu sem quaisquer incidentes e agora procede-se à afinação dos seus instrumentos de bordo. Se tudo continuar a decorrer como até aqui, em breve iremos começar a receber imagens do Webb com uma nitidez e uma resolução nunca antes igualadas, nem pouco mais ou menos, nem sequer pelo Hubble. Que surpresas, que descobertas e que maravilhas o Webb nos reserva? Enquanto o Webb não entrar em ação, vamo-nos contentando com as imagens que continuam a ser-nos enviadas pelo velhinho e obsoleto Hubble, essa querida relíquia da tecnologia do séc. XX.

A imagem que acima se mostra é uma das últimas que o Hubble nos enviou. Ela mostra-nos três galáxias em grande plano, duas das quais estão a interagir entre si. A galáxia mais à direita, que deve ter uma massa superior, está a desfazer a galáxia do meio, atraindo para si, através da sua força da gravidade, as estrelas e as poeiras que constituem a outra. Este é um processo lentíssimo, dadas as colossais distâncias envolvidas. Daqui por milhões e milhões de anos, restará uma só galáxia, resultante da fusão destas duas. A galáxia mais à esquerda, por sua vez, sofre um pouco os efeitos deste cataclismo mas, por estar mais afastada, talvez escape.

Espalhadas pelo fundo da imagem, veem-se dezenas e dezenas de outras galáxias, muito mais distantes, cada uma das quais com centenas de milhões de estrelas. À esquerda, um ponto brilhante, com um padrão de interferência ótica em forma de cruz produzido no próprio telescópio Hubble, corresponde a uma estrela que está muitíssimo mais próxima de nós e pertence certamente à nossa própria galáxia, a Via Láctea.

O que se vê nesta imagem é uma premonição do destino que irá ter a própria Via Láctea daqui a 4,5 mil milhões de anos. Na verdade, a nossa galáxia e a sua grande vizinha mais próxima, que é a galáxia de Andrómeda, estão em rota de colisão. A Via Láctea tem cerca de 300 mil milhões de estrelas (3 x 1011), entre as quais uma estrela chamada Sol, e um diâmetro à volta de 150 mil anos-luz (aproximadamente 1,41912 x 1018 km). Andrómeda tem 1 bilião de estrelas, isto é, um milhão de milhões (1 x 1012) e um diâmetro de 220 mil anos-luz (aproximadamente 2,081376 x 1018 km). Após o seu encontro, ambas perderão a linda forma em espiral que agora têm (embora a Via Láctea seja um pouco empenada, como se descobriu recentemente) e no final deverá ficar uma única e gigantesca galáxia com forma elíptica, resultante da fusão das duas.