01 janeiro 2007

«Quão formosos são teus pés...»

Quão formosos são teus pés
nas sandálias, ó princesa!
As curvas dos teus quadris
parecem colares, obra de mãos de artista.
O teu umbigo é uma taça redonda.
Que não falte o vinho doce!
O teu ventre é monte de trigo,
todo cercado de lírios.
Os teus seios são dois filhotes
gémeos de uma gazela;
o teu pescoço, uma torre de marfim;
os teus olhos, as piscinas de Hesbon,
junto às portas de Bat-Rabim;
o teu nariz é como a torre do Líbano,
de vigia, voltada para Damasco.
A tua cabeça ergue-se como o Carmelo
e os teus cabelos são como púrpura;
trazem um rei cativo dos seus laços.
Como és bela, como és desejável,
meu amor, com tais delícias!
Esse teu porte é semelhante à palmeira,
os teus seios são os seus cachos.
Pensei: «Vou subir à palmeira,
vou colher dos seus frutos.»
Sejam os teus seios
como cachos de uvas,
e o hálito da tua boca, perfume de maçãs.
A tua boca bebe o melhor vinho!

(Cântico dos Cânticos do Rei Salomão, capítulo 7, versículos 2 a 10)

Comentários: 2

Anonymous Anónimo escreveu...

Denudado, se não estou enganada parece que o "Matéria do Tempo" completou um ano de existência ... Espero, sinceramente, continuar a encontrá-lo na caminhada voluntária das "blogadas". Aprende-se sempre qualquer coisa nesta "casa". E, já agora, um Bom Ano de 2007!

02 janeiro, 2007 20:49  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

É verdade, cara Sónia. Este blog já tem um ano! Começou no dia 1 de Janeiro de 2006, com um poema de Sophia de Mello Breyner Andressen. Um ano depois, achei por bem publicar uma passagem da Bíblia: um trecho do Cântico dos Cânticos, do Velho Testamento.

Bom Ano também para si.

03 janeiro, 2007 12:16  

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