22 maio 2007

Hergé faria hoje cem anos


Completam-se hoje cem anos sobre o nascimento, em Etterbeek, na Bélgica, de Rémi Georges, de cujas iniciais, R. G., derivou o pseudónimo Hergé. Hergé, como se sabe, foi o criador de Tintin, herói de banda desenhada que encantou gerações um pouco por todo o mundo.

À semelhança de muitas outras pessoas, também eu em criança li sofregamente as histórias que Hergé criou e desenhou, a começar por "Tintin na Lua", que foi a primeira história que li. Também eu procurei identificar-me com Tintin. Também eu imaginei viver aventuras semelhantes às dele. Também eu me ri com as várias outras personagens daquelas movimentadas histórias: o facilmente irritável capitão Haddock, que proferia por tudo e por nada abundantes mas inofensivos impropérios, o distraído professor Tournesol, com o seu inseparável pêndulo, os polícias Dupont e Dupond, sempre de chapéu de coco e guarda-chuva, a cadela Milou, fiel companheira de Tintin, etc.

Hergé completaria hoje cem anos, se fosse vivo. Esta é a minha modesta homenagem a alguém que teve uma influência bastante grande na formação da minha personalidade. Uma parte do que eu sou, a Hergé o devo.

Comentários: 2

Blogger a.leitão escreveu...

Recordo com saudades os tempos em que nós os "provincianos", internos, nos escapulíamos às escondidas para ir comprar o TinTin, o Cavaleiro Andante, O Príncipe Valente e sei lá que mais, na tabacaria ao virar da esquina. Como diz o Denudado, a influência dessas revistas influênciou significativamente todo o nosso futuro.
Hoje temos a "cultura" das TVs e uma imensidão de Telenovelas sucessoras das rádionovelas tão criticadas então pelos que hoje se consideram o sumo da cultura Nacional. Hoje, esses mesmos, preferem que o Povo se entretenha com isso do que com tudo aquilo que lhes afecta o futuro.

23 maio, 2007 00:32  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Caro A. Leitão, os tempos evoluem e as tecnologias também. Não vem mal nenhum ao mundo por isso, desde que as novas tecnologias sejam bem utilizadas. Aqui é que está o problema.

Eu fico aterrado, por exemplo, quando vejo crianças de muito tenra idade de olhos arregalados diante do aparelho de televisão, a verem o Dragonball, o Pokemon e outras séries extremamente violentas. Aquilo que nos últimos anos se tem vindo a dar às crianças portuguesas (incluindo as mais pequenas, o que é particularmente grave) é puro terrorismo psicológico! Que consequências é que isso terá na formação da personalidade dos adultos do futuro?

23 maio, 2007 22:57  

Enviar um comentário