Isto é a Lua
(Foto: NASA/Goddard)
Por estranho que possa parecer, esta é uma imagem da Lua. É uma imagem que é impossível de se ver da Terra, porque representa a face que está sempre virada para fora, isto é, para o lado oposto ao do nosso planeta.
Por ação da atração gravitacional existente entre a Terra e a Lua (a mesma atração que é responsável pelas marés e que obriga a Lua a gravitar em torno da Terra), o nosso satélite natural tem os seus movimentos de rotação e de translação sincronizados, de tal modo que ele nos mostra sempre a mesma face, qualquer que seja a época do ano. Esta face pode estar total ou parcialmente às escuras ou iluminada, desde a Lua Nova até à Lua Cheia e vice-versa, mas é sempre a mesma face.
A imagem acima representada mostra-nos, portanto, a face contrária, que está escondida de nós, à qual foram artificialmente acrescentadas diversas cores. Estas cores representam as altitudes do relevo lunar, desde os pontos mais altos, a vermelho, até aos pontos mais baixos, a azul. Como se pode ver, a face oposta da Lua tem muito mais crateras do que a face que está virada para a Terra.
Esta imagem foi obtida por uma nave não tripulada, chamada Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), que a agência espacial norte-americana (NASA) lançou com êxito em 19 de Junho de 2009. Esta nave, que orbita em torno da Lua, tem por missão obter informações sobre o ambiente do nosso satélite natural. Foi esta nave, por exemplo, que descobriu a existência de água sob a forma de gelo no fundo de crateras lunares, contrariando a ideia que prevalecia, segundo a qual a Lua seria mais seca do que o mais seco dos desertos da Terra.
Para comemorar o 1º aniversário do lançamento da LRO, a NASA tornou públicas dez imagens, de entre as muitas que esta nave registou, que documentam outros tantos aspetos importantes ou apenas curiosos relacionados com a Lua. Uma das imagens, por exemplo, mostra que é na Lua que se encontra o local com a temperatura mais baixa até agora encontrada em todo o Sistema Solar, a qual é de -248 graus Celsius e que é ainda mais baixa do que em Plutão. Outra imagem mostra-nos as pegadas deixadas na Lua pelos astronautas Neil Armstrong e Edwin Aldrin em 20 de Julho de 1969. Outra imagem ainda mostra-nos um dos estranhos canais que existem na Lua e cuja origem é desconhecida, etc. As dez imagens podem ser vistas, com descrição em inglês, nesta página da NASA. Também recomendo fortemente que se veja o vídeo que as acompanha e que se encontra disponível nesta outra página.
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