Enxames de robôs voadores
Até agora, as máquinas têm vindo a ser aceites pelo homem, com mais ou menos relutância, porque o vão libertando de tarefas que são repetitivas ou penosas. Mesmo os robôs completamente estúpidos que atualmente são usados em muitas indústrias (sobretudo na indústria automóvel) têm vindo a ser aceites sem grande oposição, pois executam muitas operações fastidiosas e pesadas que até agora vinham sendo executadas por trabalhadores humanos.
Com a sofisticação cada vez maior dos robôs e o desenvolvimento da chamada "inteligência artificial", a competição homem-máquina ganha uma dimensão completamente nova e assustadora. Esta dimensão tem vindo a ser descrita em muitos romances de ficção científica, em que a humanidade nos aparece escravizada por máquinas superinteligentes e dotadas de poderes extraordinários, que o herói do romance consegue, por fim, milagrosamente vencer.
Embora a visão apocalíptica destes romances esteja ainda muito longe de se tornar realidade, a verdade é que os robôs têm vindo a adquirir poderes e capacidades que até há muito pouco tempo nos pareciam completamente inimagináveis. Até a capacidade de os robôs aprenderem a enfrentar e gerir situações novas e inesperadas, para as quais não estavam programados, tem vindo a ser desenvolvida no âmbito da já referida "inteligência artificial", graças à incorporação no seu "cérebro" de redes neuronais de processadores, por exemplo. Esta capacidade de aprendizagem, que ainda é muito grosseira e incipiente, mas cuja sofisticação aumenta cada vez mais, é talvez a faceta mais assustadora dos robôs. Eles poderão nunca vir a ter uma inteligência igual à do homem (talvez acabem por conseguir tê-la, sabe-se lá), mas poderão vir a ter "inteligência" suficiente para lhes permitir interferir de forma muito grave na vida da humanidade.
A imaginação dos técnicos que concebem e desenvolvem robôs parece não ter limites. Dinheiro, também é coisa que não lhes parece faltar. Por exemplo, têm vindo a ser desenvolvidos robôs que são capazes de mudar de forma, de modo a adaptarem-se a situações físicas novas (poderem esgueirar-se por um buraco, transformando-se em vermes mecânicos, por exemplo). Ou robôs que são tão pequenos que sejam capazes de entrar num vaso sanguíneo de uma pessoa e navegar por dentro das suas veias e artérias, a fim de transportar um medicamento até um determinado ponto do organismo. Ou robôs que sejam capazes de trepar pelas paredes e de caminhar pelo teto das casas, tal como fazem as osgas. Ou robôs voadores. Etc.
No caso dos robôs voadores, um dos capítulos que mais atenção têm merecido por parte dos cientistas e técnicos é o do desenvolvimento da sua capacidade de voar em formação, de maneira completamente autónoma, e também a de formar enxames idênticos aos das abelhas, por exemplo, como se estes fossem uma individualidade suprarrobótica, possuidora de uma "inteligência" de nível superior, que seja muito mais do que a mera soma das pequenas "inteligências" possuídas por cada um dos robôs membros do enxame.
Deixemo-nos por ora de futurismos e passemos à apresenteção de três vídeos, que mostram formações de robôs voadores que foram desenvolvidos na Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos.
Apresentação de um enxame e das suas capacidades
Robôs voadores tocam o tema de James Bond
Um enxame de robôs manipula luz e som, numa demonstração feita na cidade francesa de Cannes
Enquanto as aplicações se passarem ao nível das brincadeiras de estudantes e da criação artística, não vem mal nenhum ao mundo. O pior é quando os robôs são usados para fazer mal e para matar, como este robô voador equipado com uma metralhadora. Isto, sim, é assustador!
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