Golas ou Agueiros... Como escapar deste fenómeno mortal do mar
Com o título em epígrafe, foi publicado no blogue SAFEPLACE52-HOMME, de um bombeiro municipal de Tavira que usa o pseudónimo FIRESHELTER52, um importante artigo sobre um perigo que é muito frequente nas praias e para o qual tem sido chamada muito pouca atenção. Dada a importância do assunto, tomo a liberdade de reproduzir aqui o artigo referido. As imagens aqui apresentadas também foram retiradas do mesmo.
O mar quando chega à praia na forma de onda, espalha-se em toda a sua linha longitudinal, sendo que quando a onda regressa ao oceano não o faz da mesma forma, mas sim concentra-se toda numa determinada área como se fosse uma chaminé que regressa mar dentro apenas numa determinada zona.
Quanto mais forte é o mar ou violento, mais velocidade de retorno ganha na gola ou agueiro, sendo ainda que a inclinação da praia em relação ao mar influencia a velocidade de regresso da onda ao oceano.
O fenómeno que ocorre é quando um banhista é apanhado num agueiro sente que está a ser arrastado para o mar pela corrente, desenvolvendo uma natação que se torna impotente contra tal fenómeno levando-o rapidamente à exaustão e à ansiedade, produzindo o afogamento fatal em poucos segundos...
Normalmente estas zonas quando localizadas são identificadas pelos concessionários da praia como zona perigosa para banhos, estando os Nadadores Salvadores em alerta e colocada sinalética própria no local ou zona.
Mas nem sempre as golas são fixas, a maioria varia com a maré, com a ondulação, vento, inclinação da praia ou correntes, sendo então que podem aparecer em qualquer parte sendo mais intensas e vulgares quando o mar está mais revolto.
Em todo o caso sempre que um banhista é apanhado por uma gola ou agueiro deve:
Deixar-se ir com a corrente, mantendo-se sempre á tona de água utilizando os braços e pernas para garantir a sustentação.
Independentemente de estar ou não em afogamento deve iniciar um pedido de ajuda para terra garantindo assim a máxima ação de segurança e possível resgate se necessário.
Alguns metros mais à frente a gola perde intensidade e verifica-se que a velocidade da corrente diminuiu, neste caso deve iniciar a natação paralelamente à praia, desviando-se para o lado até deixar de sentir resistência.
Após verificar que não está sob influência de correntes contrárias deve descansar boiando algum tempo e seguir nadando em direção a terra utilizando neste caso as ondas favoráveis para a sua locomoção.
Se começar a sentir cansaço deve de imediato pedir ajuda, neste caso deve-se levantar apenas um braço mexendo-o no ar.
Não deverá utilizar os dois braços em simultâneo ou gritar freneticamente, pois perderá rapidamente a sustentação à tona de água e aumentará o cansaço, podendo ocorrer a submersão.
Após sair da água deve descansar e recorrer a um posto médico ou pedir apoio se necessário.
Outras ações poderão também ajudar mas importa referir que a calma, e a adoção de medidas gerais de segurança para banhistas são fundamentais para evitar este e outros acidentes.
Mantenha-se atento aos seus amigos e familiares, partilhe estas informações e tenha um verão seguro.
(in SAFEPLACE52-HOMME)
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