20 fevereiro 2014

Pedro de Escobar ou Pedro do Porto

Como não existe nenhum retrato de Pedro de Escobar, escolhi o portal de uma igreja sua contemporânea para ilustração deste artigo a ele dedicado. O magnífico portal que aqui se vê, o qual combina elementos manuelinos e renascentistas, encontra-se na fachada principal da Igreja de São Quintino, nos arredores de Sobral de Monte Agraço. O interior da igreja, que foi mandada construir pelo rei D. Manuel I, é também digno de ser visitado. Se encontrar a igreja fechada, experimente perguntar pela chave numa fiada de casas existente na vizinhança imediata (Foto: Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço)


Pedro de Escobar, também chamado Pedro do Porto (não confundir com o navegador Pêro Escobar, descobridor das ilhas de São Tomé e Príncipe), foi um dos maiores compositores portugueses da época do Renascimento. Muito pouco se sabe sobre a sua biografia. Nasceu por volta de 1465, na cidade do Porto, e faleceu em Évora, posteriormente ao ano de 1535. Foi cantor na capela real de Isabel de Castela, mestre de capela na catedral de Sevilha e mestre de capela, também, do cardeal-infante D. Afonso de Portugal, filho do rei D. Manuel I. Morreu pobre e, diz-se, alcoólico.



Apresentadas sucessivamente, duas versões completamente diferentes de uma mesma obra de Pedro de Escobar, chamada Virgen bendita sin par. A primeira versão é do grupo The Early Music Consort of London, dirigido por David Munrow. A segunda versão é do agrupamento Hespèrion XXI, dirigido por Jordi Savall


Clamabat autem mulier Cananea, de Pedro de Escobar, pelo agrupamento vocal Ars Nova, de Copenhaga, dirigido por Bo Holten

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