30 julho 2016

Naturismo

(Foto de autor desconhecido)

“O Naturismo é uma forma de viver em harmonia com a Natureza caracterizada pela prática da nudez colectiva, com o propósito de favorecer a auto-estima, o respeito pelos outros e pelo meio ambiente.”

in Federação Portuguesa de Naturismo

Comentários: 3

Blogger Chama a Mamãe! escreveu...

Até o cachorrinho está "nu".
Se eu pudesse, andaria tal como os índios da minha Amazônia.

19 agosto, 2016 14:31  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

E faria muito bem, cara "Mamãe". Ainda por cima, a Amazónia deve ser sufocante, segundo ouço dizer.

O meu primeiro contacto com um ambiente naturista/nudista aconteceu em finais da década de 80, na cidade de Viena. Num belo domingo de verão, cheio de sol e de calor, resolvi passear junto ao rio Danúbio, mais precisamente ao longo de uma ilha artificial muito comprida e estreita, que em Viena separa o Danúbio propriamente dito, isto é, o canal principal do rio, onde está o porto fluvial da cidade, de um outro canal, que foi construído propositadamente para escoar as águas em excesso quando há cheias. Este outro canal é chamado Neue Donau em alemão, ou seja, Novo Danúbio. Quando não há cheias, as águas deste outro canal são isoladas do canal principal por comportas e tratadas e desinfetadas, para que as pessoas possam tomar banho nelas. Além disso, as margens do Novo Danúbio foram também arranjadas e ajardinadas, para que as pessoas possam passear por elas e estender-se ao sol se assim o entenderem. Pois um troço muito considerável das margens do Novo Danúbio foram abertas à prática legal de nudismo, prática esta a que milhares e milhares de pessoas se entregam alegremente nos dias de maior calor. Os vienenses gabam-se de ter na sua cidade a maior área de prática de nudismo de toda a Europa.

Dizia eu que num domingo de verão fui passear ao longo da ilha que separa os dois canais. Mas desconhecia a existência da área de nudismo. A dada altura do meu passeio, quando saí de um arvoredo que havia na ilha, deparei-me inesperadamente com uma multidão de pessoas todas nuas à minha frente! O único que ali estava vestido era eu… Fiquei atrapalhadíssimo e (quem diria?) cheio de vergonha… Eu, que estava vestido, é que sentia vergonha, e não as outras pessoas que estavam nuas! Não tive coragem para me despir. Apenas tirei a camisa e fiquei em tronco nu, para não destoar tanto dos restantes, e continuei o meu passeio sem olhar para o lado.

No fim de semana seguinte, voltei ao Novo Danúbio, mas fui para a margem oposta, já sabendo o que me esperava. Então, sim, tive coragem para me despir completamente e estendi-me na relva. Foi então que tive a oportunidade de observar o ambiente que me rodeava. Este ambiente era o mais familiar possível, o mais respeitoso possível e o mais descontraído possível. Havia pessoas nuas de todas as idades e de todos os tipos físicos. Pessoas gordíssimas e pessoas magríssimas, pessoas bonitas e pessoas feias, etc. etc. Todas elas, absolutamente todas (mesmo as mais feias!), se mostravam completamente à vontade, porque o respeito mútuo era total e absoluto. Repito: o respeito mútuo era total e absoluto. A prática da nudez coletiva, por todas aquelas pessoas, elevava realmente a sua auto-estima e o seu respeito pelos outros, como diz a definição transcrita no post. Estavam todos de bem consigo próprios e uns com os outros, independentemente de quaisquer considerações de beleza ou outras.

21 agosto, 2016 01:08  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Já depois do meu anterior comentário, surgiu no Youtube um vídeo brasileiro que corrobora e completa o que nele afirmei. Recomendo a visualização do vídeo para um maior esclarecimento, desde que não se dê importância aos comentários idiotas que o acompanham. O vídeo é este: 6 Curiosidades das Praias de Nudismo (que nunca te contaram).

28 agosto, 2016 04:22  

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