18 fevereiro 2019

Arte islâmica na Sé de Braga


Píxide islâmica em marfim, proveniente do califado de Córdova e mandada fazer pelo califa Abd al-Malik, filho de Almansor. Princípios do séc. XI. Tesouro da Sé de Braga, Braga, Portugal

Almansor, califa de Córdova, foi um notável guerreiro que empreendeu um avanço imparável contra os territórios cristãos do norte da Península Ibérica, chegando ao ponto de arrasar Santiago de Compostela no ano 997. O sino da igreja de Compostela foi levado como troféu para Córdova, às costas de cativos cristãos. Na reconquista que se seguiu, os cristãos apoderaram-se também de numerosos troféus islâmicos, entre os quais a píxide acima representada. Esta píxide tem uma forma tal, que parece ter sido feita de propósito para guardar o cálice e a patena mostrados em baixo, mas não foi. No entanto, é esta a função que ela tem desempenhado até aos dias de hoje.


Cálice e patena em prata dourada, habitualmente guardados na píxide islâmica da Sé de Braga. Este cálice e esta patena foram doados pelo conde portucalense D. Mendo Gonçalves, que morreu no princípio do séc. XI. Tesouro da Sé de Braga, Braga, Portugal

Comentários: 2

Blogger Clara escreveu...


Já há muitos anos que não visito os Tesouros da Sé e o que lá vi em tempos já quase tudo se me esfumou da memória.
Visita a renovar um dia destes, talvez um domingo de manhã daqueles em que os museus abrem as suas portas sem cobrar entrada :))

Beijinhos da cidade dos arcebispos
(^^)

01 março, 2019 11:16  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Conheço os tesouros de algumas sés (Porto, Lisboa, Évora, Viseu, Braga) e acho que o de Braga é dos mais ricos, material e artisticamente, talvez por causa da sua célebre antiguidade. Talvez só o da sé patriarcal de Lisboa se lhe possa comparar. Vale a pena visitá-lo. Bom fim de semana.

02 março, 2019 03:26  

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