03 maio 2023

Guitarrada de Coimbra


Valsa em Sol Maior, de Flávio Rodrigues da Silva (1902–1950), que foi barbeiro, por José Santos Paulo e Álvaro Aroso, à guitarra, e Eduardo Aroso e Aurélio dos Reis, à viola

Comentários: 2

Blogger Maria João Brito de Sousa escreveu...

É sempre com muito prazer que ouço uma guitarrada de Coimbra!

Um abraço, Fernando!

03 maio, 2023 13:45  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Eu também ouço com muito prazer, mas tenho razões para isso, pois fui estudante em Coimbra durante dois anos.

Agora parece que está na moda aqui no Porto chamar "fado académico" ao fado de Coimbra. Como é ridículo chamar-lhe "fado académico"! Que raio de nome! Pois se foi em Coimbra que ele nasceu, porque não chamar-lhe "fado de Coimbra"? Qual é o problema? Custa assim tanto chamar-lhe "fado de Coimbra"? Porquê?

A designação "fado académico" restringe o fado de Coimbra ao meio académico, o que é injusto. É verdade que o fado de Coimbra nasceu entre os estudantes da mais antiga universidade do país, mas também é verdade que nem todos os cultores deste género musical foram ou são estudantes. Um exemplo flagrante disto é o próprio autor desta guitarrada, Flávio Rodrigues da Silva, que nunca frequentou a Universidade, tendo sido barbeiro. Porque a verdade é esta: o fado de Coimbra é da cidade de Coimbra como um todo, querendo isto dizer que ele é tanto dos estudantes, como dos não-estudantes, que em Coimbra são chamados "futricas". Só quem não conhece o carinho que os "futricas" de Coimbra sentem pelos fados da sua cidade é que poderá ter o atrevimento de chamar-lhes "fados académicos".

06 maio, 2023 02:31  

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