Moura Girão
A Galinha e os Pintos ou Uma Família, 1884, óleo sobre tela de Moura Girão (1840–1916). Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa
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Um Galo, 1885, óleo sobre madeira de Moura Girão (1840–1916). Museu de José Malhoa, Caldas da Rainha
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Paisagem Campestre, 1897, aguarela sobre papel de Moura Girão (1840–1916). Coleção particular
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O pintor naturalista português Moura Girão confessou um dia que gostava tanto de animais, que se sentia incapaz de comer uma asa de frango ou arroz de cabidela. Não duvidaremos desta afirmação nem por um momento, se virmos a quantidade de obras suas que representam, sobretudo, galos, galinhas e pintainhos. Moura Girão também pintou outros animais e outros temas, mas os galos e outros galináceos avultam na sua obra de forma claramente destacada.
José Maria de Sousa Moura Girão nasceu em Lisboa em 1840, fez parte do chamado Grupo do Leão, que Columbano Bordalo Pinheiro retratou num quadro famoso que está no Museu do Chiado, trabalhou durante uma boa parte da sua vida como restaurador no Museu Nacional de Arte Antiga e faleceu, também em Lisboa, em 1916.
Comentários: 2
Embora não encontrando quaisquer semelhanças no traço e na cor, o Grupo do Leão. remeteu-me para os fauves dos quais é contemporâneo. Estes galináceos são uma maravilha!
Um abraço!
Cara Maria João, a viragem do séc. XIX para o séc. XX foi de facto uma época revolucionária no domínio das artes. Os fauves fizeram a sua revolução nesse tempo, com as cores intensas, vibrantes e irreais dos seus quadros, a par de uma simplificação das formas representadas. O naturalismo do Grupo do Leão começou a dar lugar às novas correntes protagonizadas por Matisse e os seus compagnons de route, a par de Picasso, Modigliani e tantos outros, que desbravaram outros caminhos. No domínio musical, o romantismo oitocentista, melodioso e "bem comportado", deu lugar, por exemplo, à música "primitiva" e "selvagem" de Stravinsky, que escandalizou Paris em 1913 com a sua música de bailado "Sagração da Primavera".
Não há dúvida de que o séc. XX começou com grande estrondo e derrubou todas as barreiras e todos os tabus à medida que ia avançando no tempo. De tal maneira assim foi, que no séc. XXI os artistas já dificilmente conseguem descobrir novos caminhos que ainda não tenham sido trilhados. Na minha opinião, o séc. XXI está a ser um prolongamento do XX, até que apareça algum génio que vire isto tudo de pernas para o ar outra vez. Até ver, parece que ainda não apareceu esse génio.
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