O Couraçado Potemkine
O Couraçado Potemkine, filme mudo do realizador soviético Sergei Eisenstein (1898–1948), rodado em 1925. Versão musicada com a Sinfonia n.º 5 de Dmitri Chostakovitch (1906–1975). Legendas traduzidas para português. Este filme é considerado um dos melhores de sempre
Comentários: 6
Obrigada, Fernando. Muito obrigada por esta partilha,.
O meu abraço
Obrigado pelo seu comentário, Maria João. A Wikipedia diz que este filme esteve proibido em Portugal até ao 25 de Abril, mas eu era capaz de jurar que o vi antes disso, num ciclo de cinema mudo que teve lugar na Escola Superior de Belas-Artes do Porto por volta de 1970. Se calhar estou a confundi-lo com algum outro filme. Ou então só estava proibida a sua exibição no circuito comercial e ele pudesse ser visto em circuitos limitados, como cineclubes e afins. Seja como for, vi-o há muitos anos e fiquei com ele gravado na minha memória. A cena da escadaria, então, é antológica. É um grande filme, como quase todos os que Eisenstein fez: Outubro, Ivan, o Terrível, etc. Já não há realizadores assim.
Talvez não esteja a confundir, Fernando. Eu tenho quase a certeza de o ter visto muito antes do 25 de Abril, embora não consiga recordar-me onde...
Então não sou só eu, Maria João. Que o filme Outubro estivesse proibido, compreende-se perfeitamente. Mas este, que é menos "político" (digamos assim), poderia passar pelas malhas de uma censura menos rígida, como foi fugazmente a da chamada "Primavera Marcelista".
Não não está enganado, Fernando. Vi-o também, por meados dos anos sessenta, passou numa sessão do CCUL (Cine Clube Universitário de Lisboa) de que era sócio... na semana seguinte a PIDE "assaltou" a sede e levou todos os ficheiros dos associados...
Caro Rogério, em meados dos anos sessenta, eu era sócio de um tal Cineclube da Boavista (que deixou de existir alguns anos depois), que não me satisfazia de maneira nenhuma. Mudei-me para o Cine-Clube do Porto e foi como se me abrissem as janelas da alma. Que diferença!
Nesse tempo havia no Porto uma atividade cultural muito intensa, a qual girava à volta de meia dúzia de instituições, entre as quais se contavam o Cine-Clube do Porto, a Cooperativa Artística Árvore, o Teatro Experimental do Porto, a Cooperativa Livreira Unicepe e mais uma ou duas. Andavam sempre às turras com a PIDE e com a censura, estiveram para ser encerradas, mas ainda existem quase todas elas! Por vezes associava-se-lhes uma instituição eminentemente burguesa, que era (e é) o Ateneu Comercial do Porto. Ainda me recordo de um recital dado por Fernando Lopes-Graça no luxuoso salão dos espelhos do Ateneu, em que o grande compositor tinha apanhado uma grande piela, por ser dia do seu aniversário. O Fernando Lopes-Graça estava eufórico e divertidíssimo, e proporcionou-nos um serão inesquecível. Ainda hoje o recordo com saudade.
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