10 agosto 2019

O Paço de Giela


O Paço de Giela, Giela, Arcos de Valdevez (Foto: Câmara Municipal de Arcos de Valdevez)

O Paço de Giela é uma antiga residência senhorial existente em Giela, no concelho de Arcos de Valdevez. Na sua origem esteve um castelo anterior ao séc. XI, ao qual se foram acrescentando outros elementos arquitetónicos ao longo dos tempos, nomeadamente a torre atualmente existente, que data do séc. XIV, e o paço propriamente dito, cujas janelas manuelinas, abertas na muralha do antigo castelo, indicam ter sido edificado no séc. XVI.

O Paço de Giela esteve completamente abandonado e em ruínas durante muitos anos, apesar de ter sido classificado como monumento nacional em 1910. Eu mesmo ainda o vi cheio de silvas e de lixo, o que contrastava de forma chocante com a linda e suavíssima paisagem envolvente. Foi adquirido em 1999 pelo município local, que o recuperou e dele fez um polo de atração, incluindo um centro interpretativo sobre a história do concelho, nomeadamente o Torneio de Valdevez, que foi da maior importância para a independência de Portugal. Frequentemente, também se realizam diversos eventos de índole cultural no Paço de Giela.


Janela manuelina no Paço de Giela, Giela, Arcos de Valdevez (Foto: Mário Rolo)

Comentários: 7

Blogger Rogério G.V. Pereira escreveu...

No sábado passado organizámos uma visita ao Bugio
que
nem é monumento nacional
nem tem uso
nem é passado
a quem lho poderia dar

https://youtu.be/04hy0F7SRuo

10 agosto, 2019 10:13  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Fiquei cheio de inveja, meu caro Rogério. Nunca fui ao Bugio e, a avaliar pelo vídeo, estou a ver que perdi muito. O forte e o farol parecem ser sólidas e magníficas construções de cantaria, muito bem aparelhada conforme se pode ver. Têm de ser assim mesmo, pois ali no meio da embocadura do Tejo o Bugio deve sofrer terríveis assaltos do mar durante os temporais, sobretudo os temporais de sudoeste, aos quais me parece que estará mais vulnerável. Deve ter sido uma visita memorável. Um grande abraço.

11 agosto, 2019 01:16  
Blogger Maria João Brito de Sousa escreveu...

Lindíssimo, o Paço de Giela.
Pelo que aqui nos relata, deduzo que tenha sido limpo e recuperado para a condição de monument nacional que foi conferida em 1910.

Abraço

11 agosto, 2019 09:34  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

É verdade, querida amiga Maria João, o Paço de Giela foi recuperado, mas não foi restaurado, no sentido de ter sido reposto num estado anterior. A ruína do paço era total e irreversível. O que a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez fez, foi dar-lhe um novo e bom uso. Julgo que o Paço de Giela era propriedade particular antes da sua aquisição pelo município. Por falta de dinheiro ou por outra razão qualquer, os antigos donos não puderam ou não souberam dar-lhe algum uso, deixando-o abandonado por anos e anos.

Eu gosto muito de Arcos de Valdevez. Mesmo muito. É uma pequena vila, aninhada no vale do pequeno rio Vez, que é um afluente do Lima, e rodeada de doces encostas cobertas de vinhas, pomares e campos de milho. A impressão que a vila me dá é de um enorme aconchego e uma enorme suavidade. É como se fosse um regaço materno. Ainda por cima, o Parque Nacional da Peneda-Gerês está mesmo ali ao alcance da mão. Em pouco tempo se chega a lugares tão belos como o Soajo, Sistelo, Peneda, Lindoso e outros mais.

12 agosto, 2019 01:15  
Blogger Clara escreveu...


Arcos de Valdevez... onde Portugal se fez!

Fiquei deleitada e até emocionada ao ler este post e ao ler a resposta que o Fernando deu à Maria João sobre a minha terra natal, para mim verdadeiro berço e regaço materno.
Já não moro na vila há mais de metade da minha existência mas conservo laços permanentes com a terra que me viu nascer. Costumo dizer que tenho duas terras: a que me viu nascer e a que me acolheu como filha.

Beijinho emocionado
(^^)

04 setembro, 2019 22:58  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

A amiga Clara é de Arcos de Valdevez?! Quem diria? Não posso deixar de sentir uma pontinha de inveja... A minha falecida mãe dizia por vezes que a nossa terra é onde nos sentimos bem, mesmo que não tenhamos nascido nela. Permita-me, então, que me declare também um bocadinho arcuense.

08 setembro, 2019 02:24  
Blogger Clara escreveu...


Então nesse caso... somos conterrâneos! 😊

Bom dia Fernando
(^^)

10 setembro, 2019 11:32  

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