17 outubro 2019

Música com milhares de anos


Hino a Nikkal (deusa semita dos pomares), do ano 1400 A.C., aproximadamente. Este hino é considerado a mais antiga peça musical completa do mundo. Faz parte de um conjunto de placas de argila com escrita cuneiforme descobertas nas ruínas da antiga cidade de Ugarit, na costa da atual Síria. A interpretação é de Michael Levy, em cítara


Epitáfio de Seikilos ou Sícilo, datado de entre 200 A.C. e 100 D.C. Esta pequena canção em grego antigo, de homenagem a uma mulher morta, foi encontrada numa lápide junto a um túmulo próximo de Éfeso, na atual Turquia. A sua letra, traduzida para português, é a seguinte: Enquanto viveres, brilha. / De todo não te aflijas, / Pois curta é a vida / E o tempo cobra seu tributo. Interpretação de Gregorio Paniagua em cítara

Comentários: 2

Blogger Ricardo Santos escreveu...

Gostei principalmente da primeira.
Música a Linguagem Universal !!!

20 outubro, 2019 21:18  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Os humanos dos dias de hoje gostam de imaginar que são o apogeu da evolução da humanidade, mas não é verdade. Estas obras musicais milenares, que acabei de descobrir no Youtube, são mais evoluídas, do ponto de vista artístico, do que muitas peças atuais, que nesse mesmo Youtube poderemos ouvir. Não só não houve evolução, como, sob muitos aspetos, houve mesmo uma regressão. Basta ouvir qualquer peça de "música" pimba ou de rap e compará-la com esta música de outras eras. A diferença é abismal, e para pior, muitíssimo pior.

E que dizer das pinturas e gravuras rupestres de há vinte mil e mais anos? Como é possível que desgrenhados homens das cavernas, vestidos de peles de animais, tenham sido capazes de produzir obras-primas tão extraordinárias, tanto em beleza como em sensibilidade, como as que se podem admirar nas grutas de Altamira, de Lascaux ou então no vale do Côa? Qual é o artista nosso contemporâneo que seja capaz de produzir arte mais sublime do que aquela que fizeram os nossos antepassados de milhares de anos atrás?

Podemos ser levados a pensar que o génio humano é o mesmo em qualquer tempo e em qualquer lugar, mas quando nos recordamos que o homem mais poderoso deste tempo dá pelo nome de Donald Trump, então teremos de concluir que até os australopitecos eram mais evoluídos do que nós.

21 outubro, 2019 02:46  

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