31 março 2020

Noturno, de António Fragoso


Noturno em Ré Bemol Menor, de António Fragoso (1897–1918), pelo pianista português Artur Pizarro

Morreu com 21 anos de idade, vitimado pela epidemia de gripe pneumónica de 1918, aquele que poderia ter sido, talvez, o maior compositor português de todo o séc. XX, se tivesse vivido o tempo suficiente para desenvolver o seu enorme potencial. Chamava-se António de Lima Fragoso, nasceu e morreu na Pocariça, concelho de Cantanhede, e poucos meses antes de morrer tinha concluído o curso de piano no Conservatório de Lisboa com a nota máxima de 20 valores. Ao longo da sua curtíssima vida, António Fragoso compôs algumas dezenas de obras, maioritariamente para piano.

Comentários: 4

Blogger Maria João Brito de Sousa escreveu...

Que breve foi a passagem de António Fragoso...

Que desperdício de vida e de talento!

Abraço, Fernando. Obrigada.

31 março, 2020 10:08  
Blogger Gato Aurélio escreveu...

...a minha avó contava que tinha sido um horror ver os caixões a saírem pela janela da casa dos "Fragoso's", para que o resto da família não se desse conta... :-(
tempos difíceis esses também...

31 março, 2020 11:27  
Blogger Ricardo Santos escreveu...

Gostei imenso da peça de António Fragoso, desaparecido precocemente !
Obrigado Fernando

31 março, 2020 23:37  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Muito obrigado pelos comentários.

A pandemia da gripe pneumónica de 1918, também chamada gripe espanhola, foi uma calamidade (natural) que veio somar-se a outra calamidade (humana). No momento em que acabava a 1.ª Guerra Mundial, na qual morreram dezenas de milhões de pessoas, apareceu a gripe pneumónica que causou muitos mais milhões de mortos ainda! António Fragoso foi um deles e Amadeu de Souza-Cardoso foi outro, por exemplo. Diz a Wikipedia que António Fragoso era o mais velho de cinco irmãos. Destes cinco, quatro morreram em 1918! Um horror.

04 abril, 2020 02:45  

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