26 maio 2020

Carlos Botelho


Barcos no Rio, de Carlos Botelho (1899–1982), c. 1930, óleo sobre cartão, Galerias Diogo de Macedo, Casa-Museu Teixeira Lopes, Vila Nova de Gaia, Portugal

"O Pintor de Lisboa", assim chamaram a Carlos Botelho, que em Lisboa nasceu, em Lisboa morreu e a Lisboa dedicou uma parte muito significativa da sua obra pictórica. Não se pode falar de Carlos Botelho sem evocar a sua paixão por Lisboa, e não se pode falar de Lisboa sem lembrar que Carlos Botelho foi um dos seus mais dedicados pintores.

Carlos António Teixeira Basto Nunes Botelho, de seu nome completo, foi um um pintor, cartunista, decorador e ilustrador ligado ao Movimento Modernista, que exerceu a sua ação ao longo de uma grande parte do séc. XX. Fez muita banda desenhada na sua juventude, mas foi só aos 30 anos de idade que ingressou na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, para desistir um ano depois, desiludido com o academismo dominante naquele estabelecimento de ensino. Carlos Botelho foi, portanto, essencialmente um autodidata, que muito aprendeu durante as suas vivências no estrangeiro, nomeadamente em França e nos Estados Unidos. O facto de ter tido um atelier na Costa do Castelo deve ter desempenhado um papel determinante na sua paixão pela paisagem urbana de Lisboa e pela sua incomparável atmosfera, que evocou em pinturas inesquecíveis.


Doca do Peixe, de Carlos Botelho (1899–1982), 1933, óleo sobre cartão, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal


Lisboa e O Tejo; Domingo, de Carlos Botelho (1899–1982), 1935, óleo sobre tela, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal


Ramalhete de Lisboa, de Carlos Botelho (1899–1982), 1935, óleo sobre tela, Museu de Lisboa, Lisboa, Portugal


Pintura, de Carlos Botelho (1899–1982), 1936, óleo sobre madeira, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa, Portugal

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