11 junho 2021

Chorinhos de Chiquinha Gonzaga


Gaúcho, de Chiquinha Gonzaga (1847–1935), pelo agrupamento musical Retratos


Saci-Pererê, A Corte na Roça, A Dama de Ouros, Não Insistas, Rapariga e Atraente, de Chiquinha Gonzaga (1847–1935), pelo pianista Marco Aurélio Xavier


Faceiro, de Chiquinha Gonzaga (1847–1935), pela pianista Olinda Allessandrini

Comentários: 2

Blogger Ricardo Santos escreveu...

Estes "Chorinhos" muito bons. Os tocados a piano muito mais eruditos, mas gostei imenso do primeiro. Uma compositora brasileira do século XIX a ouvir com atenção !
Obrigado Fernando

12 junho, 2021 20:56  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Eu sinceramente não sei se o nome "chorinho" ou "choro" se pode aplicar com rigor a todas as obras que aqui dou a ouvir. Se calhar generalizei demais, chamando "chorinhos" a todas elas, por serem da autoria de Chiquinha Gonzaga. Ela é considerada uma grande "chorona", uma figura de proa deste género musical brasileiro, que combina uma melodia de sabor predominantemente europeu com os requebros próprios de um ritmo africano.

Não tenho dúvida nenhuma de que "Gaúcho" é um "chorinho", "Saci-Pererê" é outro "chorinho" e "Faceiro" alterna entre o "chorinho" e um ritmo de origem europeia. As peças "A Corte na Roça" e "A Dama de Ouros" talvez possam ser consideradas mazurkas e a peça intitulada "Não Insistas, Rapariga" parece ter um ritmo que me faz lembrar a polka; provavelmente é um polka. O ritmo de "Atraente" é diferente dos outros e também de origem europeia, mas não sou capaz de identificá-lo. Enfim, esta discussão é irrelevante e no fundo todas estas peças são indiscutivelmente brasileiras, resultantes da mistura de culturas de diversas origens e mutuamente enriquecedoras. Chamei-lhes "chorinhos" num sentido abrangente.

13 junho, 2021 01:53  

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