12 outubro 2021

Diogo Teixeira


Flagelação de S. Brás, de Diogo Teixeira (c. 1540–1612), óleo sobre madeira, Museu Municipal de Óbidos, Óbidos, Portugal

Diogo Teixeira foi um pintor maneirista português, e dos mais importantes. Já aqui afirmei, e reafirmo agora, que o maneirismo em Portugal foi uma corrente artística à qual faltaram alguns atributos do maneirismo europeu, nomeadamente o espírito imaginativo, rebelde e até iconoclasta de que ele foi expressão por essa Europa fora. O maneirismo em Portugal foi ferozmente controlado pela Inquisição, assim como pelo dominação filipina do país, sendo um maneirismo castrado e jesuítico. A obra de Diogo Teixeira não podia escapar a este destino.

À imagem e semelhança de outros pintores seus contemporâneos, pouco se sabe sobre a biografia de Diogo Teixeira. Os trabalhos mais importantes que ele nos deixou talvez estejam em Lisboa, no retábulo do altar-mor da igreja de Nossa Senhora da Luz de Carnide, que foi pintado por ele e por Francisco Venegas. A igreja da Luz dos nossos dias não é mais do que a capela-mor de um grandioso templo cuja nave principal foi destruida pelo terramoto de 1755. Só sobreviveu a capela-mor, com o seu retábulo e algumas outras pinturas, igualmente maneiristas.


Incredulidade de S.Tomé, de Diogo Teixeira (c. 1540–1612), óleo sobre madeira, Museu de Arte Sacra do Mosteiro de Santa Mafalda, Arouca, Portugal

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