Quem sai aos seus não degenera
Este é um dos casos em que se pode dizer que «Quem sai aos seus não degenera» ou que «Filho de peixe sabe nadar». O filho do escultor José Joaquim Teixeira Lopes tornou-se ele mesmo igualmente escultor, e de primeira grandeza. Refiro-me a António Teixeira Lopes, que nasceu em 1866 em Vila Nova de Gaia e faleceu em 1942 em São Mamede de Ribatua, no concelho de Alijó, terra de origem da sua família.
António Teixeira Lopes teve a sua primeira aprendizagem com o pai escultor, como facilmente se compreende, e a seguir frequentou a Academia Portuense de Belas-Artes, onde foi aluno de Soares dos Reis. Antes de concluir o curso no Porto, António Teixeira Lopes rumou à capital francesa, onde terminou os seus estudos na Escola de Belas-Artes de Paris. De volta a Portugal, António Teixeira Lopes desenvolveu uma intensa atividade, criando algumas das melhores obras de sempre da escultura portuguesa e lecionando na Escola Portuense de Belas-Artes.
É digna de visita a Casa-Museu Teixeira Lopes, em Vila Nova de Gaia, onde se encontra um valiosíssimo espólio do escultor. Esta casa foi idealizada para ser a sua residência e atelier pelo seu irmão José Teixeira Lopes, que foi arquiteto, e constitui um edifício muito bem concebido, que exprime um certo revivalismo romântico.
Comentários: 2
Tivesse eu asas
ou condições para viagens
e
amanhã mesmo visitaria o museu
Abraço
Eu diria exatamente o mesmo, caro Rogério, para visitar o Museu da Música Portuguesa, no Monte Estoril, onde se guardam os espólios de Michel Giacometti e de Fernando Lopes-Graça, entre outras coisas, e que não conheço.
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