Roriz, Santo Tirso
Antes de mais nada, diga-se que a palavra "Roriz" se pronuncia com a vogal "o" aberta. Pronuncia-se Ròriz e não Ruriz.
Roriz, vila do concelho de Santo Tirso, é uma terra muito antiga, que já existia no tempo do Condado Portucalense. Nesse tempo, havia em Roriz um importante mosteiro, o mosteiro de São Pedro de Roriz, que mais tarde o rei D. Afonso Henriques veio a doar à ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Foram estes que estiveram na origem do templo atual, que foi erigido sobre os restos da igreja anteriormente existente no mesmo local e da qual chegaram até aos nossos dias alguns vestígios.
A atual igreja do mosteiro de São Pedro de Roriz foi concluída em finais do séc. XIII e é em estilo românico, ainda que a sua capela-mor apresente algumas características próprias, que a distinguem das das outras igrejas suas contemporâneas. Esta capela-mor é mais ampla e mais alta do que a maioria das outras e, apesar de ser redonda na sua configuração exterior, é poligonal por dentro.
O mosteiro de São Pedro de Roriz propriamente dito extinguiu-se no séc. XVI. Presentemente, a igreja do antigo mosteiro é igreja paroquial e, portanto, está aberta à população, sempre que há missa ou outra cerimónia litúrgica.
Em Roriz estão atualmente instaladas duas comunidades beneditinas, uma masculina e outra feminina. A comunidade masculina fixou-se em Singeverga, Roriz, em finais do séc. XIX. A comunidade feminina, dedicada a Santa Escolástica, radicou-se nas proximidades da igreja românica em 1935. Ambas as comunidades continuam ativas e praticam a regra da sua ordem, resumida na frase "Ora et Labora", isto é, reza e trabalha.
Os monges de Singeverga produzem artesanalmente um licor resultante da destilação de especiarias e plantas aromáticas, que é o conhecido Licor de Singeverga. As monjas de Roriz, por seu lado, fazem bolachas e compotas, que também são artesanais e verdadeiramente conventuais. Só há coisas boas em Roriz.
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