10 novembro 2024

Jorge Barradas


Lavadeira, 1920, pastel sobre papel de Jorge Barradas (18941971). Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa
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Capa para a Revista "ABC", 1921, guache sobre papel de Jorge Barradas (1894–1971). Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa
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Caricatura, 1911, tinta-da-china sobre papel de Jorge Barradas (1894–1971). Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa
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Desenho de Jorge Barradas (1894–1971), publicado na revista "Contemporânea", specimen, de 1915, ilustrando um artigo de Justino de Montalvão sobre Paris. Enquanto a I Guerra Mundial fazia incontáveis vítimas, em Paris a burguesia teimava em prosseguir uma vida boémia, apesar das duras restrições que a situação de guerra lhe impunha
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Capa para a Revista "ABC", 1927, guache e grafite sobre cartão de Jorge Barradas (1894–1971). Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa

Alegoria à Pintura e à Escultura, 1954, painel cerâmico em relevo de Jorge Barradas (1894–1971). Museu Nacional do Azulejo, Lisboa
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Nascido em Lisboa em 1894, Jorge Barradas foi um artista plástico modernista português, cuja atividade se espraiou pelo desenho, pintura, caricatura, etc. A partir da década de 1940, Jorge Barradas passou a dedicar-se à cerâmica, com produções de grande qualidade artística.

Jorge Barradas frequentou a Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, mas não concluiu o curso. Podemos dizer que ele foi, de certo modo, um autodidata, que foi aprendendo no convívio que teve com outros artistas, como Almada Negreiros, Cristiano Cruz, José Pacheko, Stuart Carvalhais etc. Faleceu em 1971, também na cidade de Lisboa.

Nas primeiras décadas da sua vida artística, Jorge Barradas foi um frequentador assíduo da noite lisboeta, que documentou com um traço influenciado pelo estilo Art Déco. Colaborou em inúmeras publicações, com particular destaque para uma revista chamada "ABC", para a qual criou capas inesquecíveis ao longo da década de 1920.

Podemos dizer que ninguém mais do que ele, em Portugal, conseguiu retratar com tanta fidelidade a década que ficou conhecida como "Os Loucos Anos 20", em que mulheres de saias curtas e penteado à garçonne dançavam o charleston nos clubes noturnos da capital portuguesa.

Yes Sir, That's My Baby, um charleston de Coon-Sanders Nighthawk Orchestra, 1925. Aos 32 segundos, surge no vídeo uma capa da revista "ABC", que não é de Jorge Barradas, mas sim de Emmerico Nunes (1888–1968), e que mais não é do que publicidade ao Bristol Club Dancing, um clube noturno que existia na Baixa lisboeta

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