A minha avó paterna era considerada a mulher mais bonita do Porto. Eu não a conheci, pois morreu antes de eu ter nascido, mas as fotografias mostram que ela devia ser uma morenaça de fazer parar o trânsito. Não é de espantar, por isso, que ela tivesse muitos pretendentes, que lhe escreviam cartas de amor. Alguns deles também lhe compuseram músicas, como valsas, polcas, quadrilhas, etc. Provavelmente seriam pequenas peças parecidas com esta polca, mas nunca ouvi nenhuma, só vi algumas partituras manuscritas. Como burguesinha prendada que era, a minha avô sabia tocar piano. Eram outros tempos, eram tempos românticos.
A minha avó acabou por se casar com um médico, que foi o meu avô paterno. Foram ambos viver para um subúrbio operário do Porto chamado Areosa, onde o meu avô abriu um consultório contra a vontade da família, que queria que ele exercesse a medicina no centro do Porto. Por isso foi deserdado.
Comentários: 2
Belíssima Polca! Pudesse eu dar uns passitos de dança e não lhe resistiria :)
Um abraço!
A minha avó paterna era considerada a mulher mais bonita do Porto. Eu não a conheci, pois morreu antes de eu ter nascido, mas as fotografias mostram que ela devia ser uma morenaça de fazer parar o trânsito. Não é de espantar, por isso, que ela tivesse muitos pretendentes, que lhe escreviam cartas de amor. Alguns deles também lhe compuseram músicas, como valsas, polcas, quadrilhas, etc. Provavelmente seriam pequenas peças parecidas com esta polca, mas nunca ouvi nenhuma, só vi algumas partituras manuscritas. Como burguesinha prendada que era, a minha avô sabia tocar piano. Eram outros tempos, eram tempos românticos.
A minha avó acabou por se casar com um médico, que foi o meu avô paterno. Foram ambos viver para um subúrbio operário do Porto chamado Areosa, onde o meu avô abriu um consultório contra a vontade da família, que queria que ele exercesse a medicina no centro do Porto. Por isso foi deserdado.
Enviar um comentário