05 janeiro 2025

Domínguez Álvarez


Casario e Figuras de um Sonho, 1934, óleo sobre tela de Domínguez Álvarez (1906–1942). Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa
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Adega do Galo, 1930, óleo sobre tela de Domínguez Álvarez (1906–1942). Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa
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Rua de Santo Ildefonso, óleo sobre tela de Domínguez Álvarez (1906–1942). Coleção particular
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Paisagem de Frías, 1932, óleo sobre tela de Domínguez Álvarez (1906–1942). Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa
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Sem título, têmpera sobre papel de Domínguez Álvarez (1906–1942). Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa
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Paisagem de Contumil, óleo sobre cartão de Domínguez Álvarez (1906–1942). Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa
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Capa do catálogo de uma exposição de obras de Domínguez Álvarez (1906–1942), realizada em Lisboa pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2007–2008
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De ascendência galega, tanto por parte da mãe como por parte do pai, José Cândido Domínguez Álvarez foi um pintor nascido no Porto em 1906 e falecido na mesma cidade em 1942. Estudou no Porto e na Galiza e obteve a classificação máxima (20 valores) como nota final, no curso de Pintura da Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Apesar da nota conseguida, Domínguez Álvarez nunca conseguiu obter em vida o reconhecimento do seu real valor. Nunca foi a Paris, ao contrário de tantos outros artistas, e nem sequer foi a Lisboa, limitando as suas deslocações ao norte de Portugal e de Espanha. Mesmo assim, foi um pintor notável, dos melhores do séc. XX. O que ele teve, foi o azar de viver num tempo em que a ditadura do Estado Novo alimentava uma arte conformista e virada para a glorificação do passado, o que ele não fazia.

Domínguez Álvarez foi um pintor modernista. Em algumas das suas obras, é evidente a assumida influência do pintor maneirista El Greco. Noutras, surgem enigmáticos vultos de chapéu na cabeça, em ambientes inquietantes. Pintou bastantes paisagens, com destaque para a representação de vilas e cidades do norte de Espanha. Como viveu na portuense Rua da Vigorosa, às Antas, também pintou algumas paisagens rurais ali bem perto, em Contumil, uma antiga aldeia administrativamente absorvida pela cidade. No seu tempo, Contumil ainda tinha um caráter rural muito acentuado.

Comentários: 2

Blogger Maria João Brito de Sousa escreveu...

Obrigada por me dar a conhecer este pintor de cujas telas tanto gostei.

Um abraço!

05 janeiro, 2025 14:04  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Eu gosto muito da obra de Álvarez e entristece-me o facto de ele não ter recebido em vida o reconhecimento que merecia e depois teve. Poucos anos após o seu falecimento e em sua homenagem, até puseram o nome dele a uma galeria de arte, a Galeria Alvarez, que receio tenha encerrado poucos meses atrás, após algumas décadas de existência.

Fiquei espantadíssimo quando soube que Domínguez Álvarez tinha morado na Rua da Vigorosa, a escassos 40 metros da casa onde eu mesmo morei durante a minha adolescência e parte da juventude. Passei centenas e centenas de vezes à porta da casa que tinha sido a sua. Se ele fosse vivo, de certeza me teria cruzado muitas vezes com ele.

05 janeiro, 2025 17:15  

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