A esquecida Mongólia
(Foto: Sébastien Lacour)
A Mongólia, terra de origem dos terríveis guerreiros que fizeram um vastíssimo império que ia da China à Europa e à Índia, é hoje um território dividido e esquecido nos confins da Ásia Central. Uma parte é independente (a República da Mongólia) e a outra parte está incluída na China (a Mongólia Interior).
Mesmo na actualidade, a maior parte dos mongóis é nómada e vive da pastorícia, habitando tendas de feltro capazes de aguentar os rigores do Inverno. Mesmo que cá fora a temperatura seja de 30 ou 40 graus centígrados negativos, no interior das tendas ela pode estar bem acima dos 20 graus positivos.
Podem ser vistas muita e belas fotografias da Mongólia no sítio e-mongol.com.
Mesmo na actualidade, a maior parte dos mongóis é nómada e vive da pastorícia, habitando tendas de feltro capazes de aguentar os rigores do Inverno. Mesmo que cá fora a temperatura seja de 30 ou 40 graus centígrados negativos, no interior das tendas ela pode estar bem acima dos 20 graus positivos.
Podem ser vistas muita e belas fotografias da Mongólia no sítio e-mongol.com.
(Foto: davejlang600)
Comentários: 9
Há uns tempos atrás, numa das TVs, deu um documentário impossível de imaginar perante os nossos meios de vida e a vida dos Mongóis.
De facto ainda temos muito para descobrir no nosso próprio planeta.
Uma das coisas que me impressionou foi o facto de quando, a propósito de uma qualquer comemoração, matavam um camêlo, o "pitéu" mais apreciado era o sangue da "vítima", pois era a única altura em que podiam comer qualquer coisa que não era congelado.
eu fui à Mongólia Interior recentemente...e ver tanta pobreza...tanta coisa em estado selvagem..ver que as casas nem são bem casas..são uns poucos tijolos a fazer ali uma divisão para que possam dormir lá dentro...
e depois no deserto...ver como aquelas populações vivem ali..certamente há anos..certamente sem saber o que é a civilização...
e no meio disto tudo(ou seja, do nada) vê-se belezas naturais como o deserto, as pradarias...e reflicto:
estas paisagens bonitas, únicas e de tirar a respiração a qualquer pessoa, decididamente não combina com civilização, globalização...
para haver belezas destas assim "intactas" pela mão do Homem, as suas populações têm de viver..desumanamente...
Cara Piri,
Muitos ocidentais têm dos povos que vivem em contacto estreito com a Natureza uma visão romântica que não corresponde à realidade. Talvez esses povos sejam felizes à sua maneira, pode ser que sim, mas as suas vidas são duríssimas e sofridíssimas. Ainda está para nascer uma civilização que consiga aliar o respeito e a intimidade com a Natureza a condições de vida dignas.
Conheci a Mongólia Interior através do livro " O Totem do Lobo de Jiang Road".
Confesso que me apaixonei pelo belo lugar, seu povo e cultura.
Um dia se tiver oportunidade vou conhece-la, sem dúvida alguma.
Há alguns anos, tive em Lisboa um colega de trabalho que tinha raízes familiares na Mongólia Interior. Ele tinha muito orgulho nos seus antepassados e nos feitos que eles conseguiram realizar.
Vi algumas fotos da Mongólia, da capital do país e realmente é chocante observar o nível cultural que transmite a pobresa da arquitetura
estampada pelas contruções e desenho de suas ruas...ora, mas é claro, os mongóis tem sua civilização calcada exatamente no que nós, ditos "civilizados" chamamos de ATRASO DE VIDA, o que não necessáriamente os faz infelizes, gostam de ser como são e não estão interessados em ser diferentes. Ponto Final.
Caro/a anónimo/a,
Durante várias décadas, a República da Mongólia teve um governo de tipo estalinista, alinhado em tudo com o da União Soviética. Mesmo em tudo. A independência da Mongólia era apenas formal. Até a língua mongol passou a ser escrita em carateres cirílicos, os mesmos que são usados na escrita do russo.
A arquitetura e o urbanismo que se fizeram durante esse tempo na capital, Ulaan Baatar, e em outras cidades do país são também do tipo estalinista. Neste aspeto, pelo menos, as cidades mongóis em pouco ou nada se distinguiriam das do Cazaquistão, por exemplo. Mas agora esta situação está a alterar-se rapidamente.
Estou na região de Dornod province, leste Mongólia perto da China e da Russia. Os padrões são incomuns, o nivelado sem fim, uma só paisagem 360º. Magnífica a coisa. Vegetação rasteira não fechada inarredavelmente a mesma alternada entre o verde e o cinza de presença única e absoluta açambarcando a vastidão. Solo silto arenoso mais arenoso que siltoso. Os caminhos implantados o são pelos pneus que simplesmente sulcam o solo e mudam para rotas paralelas conforme se aprofundam. Não se vê nada ao derredor sendo que o nada é o tudo soberano e magnífico. A magnitude de Deus nos confunde no desenho da superfície variadíssima do planeta onde fomos colocados provisórios. Se assim, colados e presos ao solo de um imenso globo ficamos extasiados, quanto mais não ficaremos quando desprendidos navegaremos na eternidade de terceiros Céus para cujas visões os humildes outrora incorporados serão contemplados...:)
Caro anónimo ou anónima do dia 16 de junho de 2018,
Peço desculpa de só agora lhe responder, mas o Blogger não me tem estado a avisar do aparecimento de novos comentários neste meu blog. Só agora encontrei seu comentário por puro acaso. Algo de errado se passa com o Blogger, de que não sou responsável.
Quero responder-lhe apesar de tudo, porque me sinto arrebatado pela descrição que me faz da paisagem mongol. Apetece largar tudo e ir imediatamente a correr para a Mongólia, para poder mergulhar nessa paisagem e sentir o êxtase que descreve. Muito obrigado.
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