29 março 2019

Alfredo Napoleão


1.º Andamento do Concerto para Piano e Orquestra n.º 2 de Alfredo Napoleão, pelo pianista português Artur Pizarro e a Orquestra do Ulster dirigida por Adrian Leaper

2.º Andamento do Concerto para Piano e Orquestra n.º 2 de Alfredo Napoleão, pelo pianista português Artur Pizarro e a Orquestra do Ulster dirigida por Adrian Leaper

3.º Andamento do Concerto para Piano e Orquestra n.º 2 de Alfredo Napoleão, pelo pianista português Artur Pizarro e a Orquestra do Ulster dirigida por Adrian Leaper

Alfredo Napoleão dos Santos (1852–1917) foi um compositor e pianista português nascido no Porto e falecido em Lisboa, de pai italiano e mãe portuguesa. Foi o irmão mais novo de Arthur Napoleão e Aníbal Napoleão, que também foram pianistas e compositores. Alfredo Napoleão passou vários anos no Brasil e Argentina, onde obteve grande êxito, além de ter tocado em diversas cidades europeias, onde também foi muito aplaudido.


Acaba de ser publicado um CD com peças para piano de Alfredo Napoleão, interpretadas pelo pianista português Daniel Cunha, que foi aluno de Sequeira Costa

23 março 2019

O Sonho


Le Rêve, óleo sobre tela de Henri Rousseau (1844–1910). Museum of Modern Art, Nova Iorque, Estados Unidos da América. Segundo o autor, este quadro representa uma mulher reclinada num sofá em Paris, sonhando com um tocador de flauta numa selva

17 março 2019

Pajé e cacique (no Brasil)


Um pajé tratando uma doente (Foto de autor desconhecido)


Pajé é uma palavra de origem tupi-guarani utilizada para denominar a figura do conselheiro, curandeiro, feiticeiro e intermediário espiritual de uma comunidade indígena.

O pajé é considerado uma das figuras mais importantes dentro das tribos indígenas brasileiras. De acordo com as tradições típicas desses povos, o pajé é predominantemente um ancião dotado de poderes sobrenaturais, com a capacidade de prever o futuro, expulsar espíritos malignos e doenças das tribos.

Conhecido como "médico da tribo", o pajé usa técnicas de massagens, banhos e até mesmo algumas práticas cirúrgicas para curar os seus pacientes. Além disso, é um profundo conhecedor dos "medicamentos naturais", à base de ervas medicinais, raízes, sementes, substâncias animais e minerais que auxiliam, de acordo com a cultura indígena, a cura das mais diversas doenças, sejam elas físicas ou espirituais.

Os povos indígenas acreditam que os pajés possuem o dom de se comunicar com os espíritos da floresta e com os deuses, além de terem o poder de fazer chover e melhorar as condições da caça, pesca e colheita da tribo.

No ritual chamado "pajelança", o pajé usa ervas e plantas da floresta para curar ou resolver problemas espirituais dos índios, entrando em contato com espíritos anciões.


Uma pajelança (Foto de autor desconhecido)



Cacique é um termo usado para designar o índio que é responsável por uma tribo indígena. O cacique é uma espécie de "chefe" político da tribo, responsável por organizar e cuidar de questões referentes aos índios, como o modo de vida, os rituais e até mesmo punições.

A palavra tem origem no termo cachique e surgiu provavelmente no período das Grandes Navegações e Descobrimentos. Essa era a maneira como os navegadores e colonizadores espanhóis e portugueses se referiam aos chefes das tribos encontradas durante essa época.

Em um sentido mais figurado, a palavra é utilizada como uma referência a um político que tem grande influência em uma região.

Cacique também é o nome popular do pássaro cacicus, da família icteridae. A ave é encontrada na região norte e centro-oeste do Brasil, no Panamá, Peru, Equador, Colômbia, Guianas e Bolívia.

O pássaro tem subespécies, como o cacicus cela cela, cacicus cela vitellinus e cacicus cela flavicrissus.


Textos retirados do site Significados


Em primeiro plano à direita, o cacique do povo Yawalapiti, Aritana, é o cacique mais antigo do Parque Indígena do Xingu e um dos mais respeitados do Brasil (Foto de autor desconhecido)

10 março 2019

Évora Monte


Porta Nordeste de Évora Monte (Foto: Fernando Gabriel)

Apesar do seu nome, Évora Monte não tem que ver com Évora. Évora é uma cidade, a mais importante do Alentejo, e Évora Monte é uma outra localidade, situada entre Évora e Estremoz e pertencente ao concelho de Estremoz.

Há no Alentejo um pequeno punhado de povoações que podem ser consideradas "ninhos de águia". Marvão é uma delas, está claro, Monsaraz é outra e Évora Monte é outra ainda. Qualquer uma delas é digna de ser visitada, não faltando a Évora Monte motivos de interesse também. Dentro das muralhas desta vila, mandadas erguer por D. Dinis, há um pequeno punhado de ruas antigas ladeadas por casas centenárias, que parecem ter parado no tempo. Por momentos julgamos estar de volta à Idade Média.

No ponto mais alto de Évora Monte está uma portentosa fortificação que é única em Portugal, o castelo de Évora Monte. É uma torre do séc. XVI, em cujos cantos se encontram enormes torreões circulares, que são tão grandes que quase "sufocam" a torre propriamente dita. Eu não sou grande apreciador de castelos e fortalezas, salvo raras exceções (Penedono, Santa Maria da Feira, Arouce, Almourol e pouco mais), mas rendo-me perante a imponência do castelo de Évora Monte.


Castelo de Évora Monte (Foto: Nmmacedo)

É dos livros de História de Portugal que em Évora Monte foi assinado o fim da sangrenta guerra civil que opôs liberais (apoiantes de D. Pedro IV) a absolutistas (seguidores de D. Miguel). Aconteceu em 26 de maio de 1834 e ficou conhecida como "Convenção de Évora Monte". Poderíamos supor que uma tal assinatura, dada a sua importância histórica, tivesse tido lugar no imponente castelo, mas tal não aconteceu. Por incrível que pareça, a Convenção de Évora Monte foi assinada numa casa modesta da vila, onde uma lápide assinala o facto.

Nem D. Pedro nem D. Miguel estiveram presentes na Convenção de Évora Monte, mas sim os seus representantes, que foram o Marechal Saldanha e o Duque da Terceira, pelo lado dos liberais, e o general Azevedo e Lemos, pelo lado dos miguelistas. A convenção saldou-se pela capitulação total destes últimos. Ficou assim garantido o estabelecimento de uma monarquia constitucional, com a subida ao trono da filha de D. Pedro IV, D. Maria da Glória, que viria a ser coroada como rainha D. Maria II de Portugal. D. Miguel, por sua vez, foi autorizado a sair do país e acabou por se exilar na Alemanha, onde morreu.


Casa da Convenção de Évora Monte (Foto: GPSMD). Por incrível que pareça, foi nesta modesta casa e não no castelo que foi assinada a Convenção de Évora Monte. Uma lápide assinala o facto com os seguintes dizeres:

EM 26 DE MAIO DE 1834
N'ESTA CASA
DE JOAQUIM ANTONIO SARMAGO
FOI ASSIGNADA A CONVENÇÃO
DE EVORAMONTE
QUE RESTABELECEU A PAZ EM
PORTUGAL.

03 março 2019

Seydou Keïta


Autorretrato, 1949 (Foto: Seydou Keïta)

Seydou Keïta (1921–2001) foi um fotógrafo maliano, famoso pelos retratos individuais e de grupo que tirou, quase todos desde 1940 até pouco depois de 1960.

Em vez de se limitar a tirar fotografias tipo passe a quem se dirigisse ao seu estúdio em Bamako para tirar o retrato, Seydou Keïta realizou verdadeiras obras de arte. Os seus retratos não se limitam a documentar um tempo específico e um lugar determinado, que neste caso é quase sempre o Mali imediatamente antes da independência, antes estão imbuídos de um profundo sentido estético e poético. Seydou Keïta é um dos nomes maiores da arte fotográfica.


(Foto: Seydou Keïta)


(Foto: Seydou Keïta)


(Foto: Seydou Keïta)


(Foto: Seydou Keïta)


(Foto: Seydou Keïta)


(Foto: Seydou Keïta)


(Foto: Seydou Keïta)


(Foto: Seydou Keïta)


(Foto: Seydou Keïta)


(Foto: Seydou Keïta)