(Imagem: Parabon NanoLabs)
Os três homens no apogeu da sua juventude que se veem nesta imagem são, na verdade, três múmias do Egito com mais de dois mil anos! Pois é. As múmias não foram sempre encarquilhadas e não estiveram sempre encerradas em sarcófagos. Foram pessoas que nasceram, cresceram, viveram, amaram, sofreram e morreram.
As imagens que acima se reproduzem são reconstruções digitais dos rostos de três múmias do Egito e foram obtidas a partir da análise do respetivo ADN. A recuperação do ADN destes três homens foi feita em 2017 pelo Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana, em Tübingen, Alemanha, tendo sido esta a primeira vez que se conseguiu sequenciar totalmente o genoma de antigas múmias. A seguir, a empresa Parabon NanoLabs, de Reston, Virgínia, Estados Unidos, usou os dados obtidos para conseguir chegar ao aspeto que teriam os seus rostos e os seus corpos. Às imagens resultantes foi dado o aspeto que estes homens teriam aos 25 anos de idade. Estas imagens foram reveladas pela Parabon NanoLabs em 15 de setembro passado, em Orlando, Florida, Estados Unidos.
A conclusão a que se chegou depois de todo este processo é que os três homens tinham pele morena, cabelo escuro e olhos escuros, apresentando um aspeto que se assemelha mais ao dos povos que habitam atualmente a região do Mediterrâneo e do Próximo Oriente, do que ao dos egípcios modernos. Estes últimos terão sido o resultado da mistura dos antigos egípcios com gentes vindas ao longo dos séculos de outras paragens, como por exemplo o Sudão.