Música sublime
É umas das mais sublimes jóias musicais, esta ária intitulada Gelido in ogni vena, da ópera Farnace, do grande compositor italiano Antonio Vivaldi, na insuperável interpretação da mezzo-soprano italiana Cecilia Bartoli e do agrupamento barroco italiano Il Giardino Armonico, sob a direcção de Giovanni Antonini.
Nesta gravação é tudo de Itália. É o génio italiano na sua máxima força. E que força!
Comentários: 3
De facto, não se pode ficar insensível a este trecho.
Forte, sim. Eu diria, "agressivo", mas belo, sem dúvida.
Na verdade, não era esta a música que eu tencionava colocar aqui, mas sim o Adágio para Cordas de Samuel Barber, que é uma obra de um grande lirismo e de uma profunda melancolia.
Aconteceu que, enquanto eu procurava o Adágio na Web, encontrei esta ária de Vivaldi, tendo preferido colocá-la aqui em vez do Adágio. Não se trata, longe disso, de uma menor consideração da minha parte pelo grande compositor americano do séc. XX, mas sim porque o Adágio é muito mais conhecido do que esta ária. Ele foi, mesmo, incluído na banda sonora de vários filmes, como "Platoon".
Outra razão pela qual eu preferi colocar o Gelido in ogni vena é porque se trata de uma peça que contrasta fortemente com a música que habitualmente se ouve de Vivaldi, que é uma música fresca, juvenil, leve e, por vezes, divertida. Esta ária mostra que o grande compositor italiano também era capaz de escrever obras imbuídas de uma enorme carga dramática.
Os intérpretes que aqui se ouvem também são intérpretes de luxo. A Cecilia Bartoli é um "monstro sagrado" da ópera e do lied na actualidade, enquanto que o Giardino Armonico é um dos mais notáveis agrupamentos de música barroca que existem neste momento.
Se estiveres mesmo interessada em ouvir o Adagio para Cordas, de Samuel Barber, vai a este endereço.
Obrigada, Denudado.
Mais familiar para mim do que o trecho de Vivaldi (que, de facto, corta aquela ideia das infelizmente estafadas "4 estações"), este Adágio é sempre motivo para imaginar...
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