Mulheres mascaradas
É uma tradição que começa a desaparecer, a do uso de uma espécie de máscara vermelha pelas mulheres de Minab e de outras cidades do sul do Irão, junto ao estreito de Ormuz. Dizem os iranianos que esta tradição não resulta de um qualquer preceito religioso, antes se deve... às portuguesas!
É sabido que Ormuz esteve na posse de Portugal nos séc. XVI e XVII, conquistada que foi por Afonso de Albuquerque com o fim de conter as investidas do Império Otomano contra o domínio português sobre o Oceano Índico. Situada num local estratégico de primordial importância, à saída do Golfo Pérsico, Ormuz permitiu aos portugueses impedir a passagem de uma armada inimiga para o Índico. Para consegui-lo, fizeram construir algumas fortificações, tanto na ilha de Ormuz propriamente dita, como nas margens norte e sul do estreito, em territórios que hoje fazem parte do Irão e do Sultanato de Omã, respectivamente.
É sabido que Ormuz esteve na posse de Portugal nos séc. XVI e XVII, conquistada que foi por Afonso de Albuquerque com o fim de conter as investidas do Império Otomano contra o domínio português sobre o Oceano Índico. Situada num local estratégico de primordial importância, à saída do Golfo Pérsico, Ormuz permitiu aos portugueses impedir a passagem de uma armada inimiga para o Índico. Para consegui-lo, fizeram construir algumas fortificações, tanto na ilha de Ormuz propriamente dita, como nas margens norte e sul do estreito, em territórios que hoje fazem parte do Irão e do Sultanato de Omã, respectivamente.
Ruínas da fortaleza que Afonso de Albuquerque mandou construir em 1507 na ilha de Ormuz. As suas muralhas chegam a atingir 3,5 metros de espessura. (Foto: Organização da Herança Cultural Iraniana)
Entre os habitantes portugueses de Ormuz não havia só homens; havia também algumas mulheres, embora em número muito limitado. Diz-se que para protegerem o seu rosto do fortíssimo sol da região, as portuguesas de Ormuz adoptaram o costume de usar uma espécie de máscara, costume este que terá sido rapidamente adoptado pelas mulheres da população local e que continuou até hoje.
Comentários: 2
Caro Planaltobie, ainda eu estava a dar uns retoques finais no artigo, porque não tinha saído exactamente como eu queria, e já o seu comentário aparecia aqui. Isto é que é rapidez de reacção!
Estou de acordo com a sua opinião. Os olhos que se vêem na fotografia de baixo mostram-se tristes e a mão na máscara parece denunciar uma vontade de a tirar.
não entrando na discussão sobre os poderes que marcam a roupagem...
assim tão belo isso ainda acaba moda (ou, pelo menos, desfile de moda - o que é bem diferente, como bem se sabe)
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