Um dos mais belos poemas da língua portuguesa
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes, os tristes,
tão fora de esperar bem
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
(João Roiz de Castelo-Branco, poeta do séc. XV, in Cancioneiro Geral)
Comentários: 3
Este poema é perfeito. Na musicalidade, no jogo de palavras, na intensidade dos sentimentos... Em tudo.
Gostei
Vou voltar mais vezes aqui.
JotaCê Carranca, seja benvindo. Faça de conta que está em sua casa.
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