Zeca Afonso morreu há vinte anos
CANÇÃO DE EMBALAR
Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será p'ra ti
Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar
Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor
Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme qu'inda à noite é muito menina
Deixa-a vir também adormecer
José Afonso
Comentários: 3
insubstituível.
Completamente de acordo, Carlos Narciso. O Zeca faz uma falta tremenda, com o seu apuradíssimo sentido de justiça, a sua solidariedade para com os pobres e a sua argúcia extrema. Ele era uma consciência incómoda para os poderosos, corruptos e gananciosos.
Gigantes como Zeca Afonso e Carlos Paredes fazem parte das referencias de Portugal que a minha "memoria selectiva" nao consegue apagar...
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