A Primavera está de volta
(Foto de autor desconhecido)
QUANDO TORNAR A VIR A PRIMAVERA
Quando tornar a vir a Primavera
Talvez já não me encontre no mundo.
Gostava agora de poder julgar que a Primavera é gente
Para poder supor que ela choraria,
Vendo que perdera o seu único amigo.
Mas a Primavera nem sequer é uma cousa:
É uma maneira de dizer.
Nem mesmo as flores tornam, ou as folhas verdes.
Há novas flores, novas folhas verdes.
Há outros dias suaves.
Nada torna, nada se repete, porque tudo é real.
Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
Comentários: 5
Bela foto a exposta. Lembrou-me Ataegina, a Deusa Lusitana da floresta.
Boa Primavera caro Fernando.
Caro L&G,
Confesso que desconhecia por completo essa deusa. Tive que consultar a Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Ataegina) para saber mais pormenores sobre ela. O único deus lusitano que eu conhecia era Endovélico. Sempre a aprender.
Eu tencionava fazer acompanhar este meu artigo sobre a Primavera por alguma música, mas no momento de publicar resolvi não o fazer. Este blogue está muito pesado, com artigos longuíssimos, e achei que para a Primavera deveria publicar uma coisa leve. A fotografia e um poema curto de Pessoa deveriam bastar.
A música que eu tencionava incluir no artigo era um dos andamentos (o quinto, talvez) da "Suite Medieval" de Frederico de Freitas. Como sabe muito melhor do que eu, além de ter sido o autor de enormes êxitos populares, como o "Timpanas" e o fado "Rua do Capelão", Frederico de Freitas foi um inspiradíssimo autor de música clássica. A sua "Suite Medieval" é toda ela de uma enorme frescura campestre e primaveril. Aqui fica uma ligação para a suite completa.
Boa Primavera para si também.
Confesso que só agora vi que retomou o blogue. Vi no sitemeter do meu.
É com grande prazer que aqui retorno, a um dos meus blogues favoritos. Seja bem-vindo.
Prezada Nádia,
Muito obrigado pelas suas amáveis palavras. Procuro fazer o melhor que posso. Embora seja impossível agradar a toda a gente, espero não desiludir.
Desiludir não é grave. Muito pior é não existir para os outros.
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