21 dezembro 2014

Timbuktu


Trailer do filme Timbuktu, do cineasta mauritano Abderrahmane Sissako, selecionado para o Festival de Cinema de Cannes e atualmente em exibição em França

Na sequência de uma revolta saparatista tuaregue, foi proclamada, no dia 6 de abril de 2012, a independência da chamada República de Azawad, na região envolvendo as cidades de Tombuctu, Gao e Kidal, no norte do Mali, e ainda parte da região de Mopti, no centro do país. Contudo, um grupo fundamentalista árabe com ligações à Al Qaeda do Magrebe Islâmico, chamado Ansar Dine, invadiu a região e impôs-se pela força, derrotando o movimento independentista tuaregue. Em vista do sucedido, em 14 de fevereiro de 2013 este último movimento entrou em negociações com o governo maliano. A seguir, os fundamentalistas acabaram por ser expulsos da região, por tropas malianas e francesas, e a região encontra-se atualmente sob controle do governo do Mali. Mas o desejo de independência dos tuaregues não desapareceu.

O resumo do filme Timbuktu, que se baseia em casos que aconteceram na realidade, diz o seguinte:
Não longe da cidade de Tombuctu, no norte do Mali, caída nas mãos de extremistas religiosos, Kidane tem uma vida simples e pacífica nas dunas, rodeado pela sua esposa Satima, a sua filha Toya e Issan, o seu pequeno pastor de 12 anos de idade. Na cidade, os habitantes sofrem, impotentes, o regime de terror dos jiadistas que tomaram a sua fé como refém. Proibiram a música e o riso, os cigarros e até o futebol... As mulheres tornaram-se sombras que tentam resistir com dignidade. Tribunais improvisados proferem todos os dias as suas sentenças absurdas e trágicas. Kidane e os seus próximos parecem poupados ao caos de Tombuctu. Mas o seu destino muda no dia em que Kidane mata acidentalmente Amadou, o pescador que se apoderou de GPS, a sua vaca preferida. Deve então enfrentar as novas leis destes ocupantes vindos de fora...

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