Uma nova pintura corporal
(Foto: Takumã Kuikuro) |
(Foto: Takumã Kuikuro) |
Durante o Kwarup que terminou no dia 14 de agosto de 2016, na aldeia Yawalapíitï, do Parque Indígena do Xingu, Mato Grosso, Brasil, houve participantes que aproveitaram a ocasião para manifestar a sua opinião sobre a situação política no seu país, como se pode ver nas imagens acima. Na fotografia de baixo, feita durante a mesma ocasião, já só se veem pinturas corporais tradicionais.
(Foto: Renato Soares) |
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Coitados dos nossos índios. Desde sempre, desde 1.500, ainda se deixam manipular.
Algum político espertinho aproveitou o ensejo para dar, em troca, algum "espelho".
Deveriam reivindicar seus direitos, mais do que reconhecidos, mas sem tomarem partido de qualquer ala dos governos. Afinal, nenhuma presta!
Vista a situação de fora do Brasil por alguém que, como eu, tem um conhecimento rudimentar da política brasileira, a legitimidade de Temer, Cunha, Bolsonaro e tutti quanti parece, no mínimo, discutível. Quase ninguém aqui em Portugal entende porque é que querem impugnar a Dilma, dado que a alternativa apresentada é muito pior e de democraticidade duvidosa, pelo menos.
Quanto aos índios, é verdade que o Lula e a Dilma pouco ou nada fizeram por eles. Foi só quando já estava ameaçada pelo impeachment, que a Dilma reconheceu a demarcação de algumas terras indígenas. Pouco mais fez por eles. Mas o Temer tem o apoio dos maiores inimigos dos índios, que são os grandes fazendeiros da soja e da criação de gado, além dos "evangélicos". Entre um lado e o outro, os índios não têm motivos para hesitar. Podem não gostar da Dilma, mas muito menos gostam do Temer.
E não, os índios não se deixam iludir por algum "espelho" com que alguém lhes queira acenar. Muito menos serão os Ywalapíitï a deixar-se iludir, pois o seu cacique, Aritana de seu nome, é um dos líderes indígenas mais lúcidos e respeitados de todo o Brasil.
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