Isto é um átomo
No centro da imagem, um pontinho quase invisível é um átomo de estrôncio (Foto: David Nadlinger, Universidade de Oxford, Inglaterra)
Os átomos são os mais pequenos constituintes da matéria em que é possível observarmos as propriedades dos elementos químicos. Se dividirmos um átomo nos seus próprios constituintes, deixaremos de ter um elemento, para passarmos a ter, apenas, protões, neutrões (se os houver) e eletrões.
Os átomos têm dimensões incrivelmente pequenas. Um átomo de estrôncio tem um raio calculado em 219 picómetros, ou seja, 0,000 000 219 milímetros! Apesar destas ínfimas dimensões, já é possível vermos átomos individuais recorrendo aos mais avançados microscópios eletrónicos. Até já é possível movimentar átomos, um a um, de um lugar para outro! Os átomos aparecem nos microscópios eletrónicos como pequeninos círculos de aspeto difuso. As nuvens de eletrões que orbitam em torno do núcleo dos átomos (composto pelos protões e neutrões) não nos permitem ter uma visão nítida deles.
Tendo os átomos tão reduzidas dimensões, somos levados a concluir que nunca os poderemos ver a olho nu. Ou será que podemos?
Podemos, sim, senhores. Basta isolarmos um átomo e fazê-lo brilhar. Foi o que fez o cientista David Nadlinger, da Universidade de Oxford, que manteve um átomo de estrôncio isolado e imóvel, preso dentro de uma câmara estanque na qual foi produzido um vácuo extremamente elevado. O átomo foi mantido firme dentro da câmara por meio de campos eletromagnéticos, produzidos por dois elétrodos metálicos com pontas em forma de agulhas. Sobre o átomo assim isolado e imóvel, Nadlinger fez incidir um laser de radiação ultravioleta, com uma frequência tal que o átomo, excitado pelo laser, emitiu de volta radição visível. Foi então possível
A fotografia vencedora completa, mostrando o dispositivo que permitiu a visão de um átomo de estrôncio, no centro (Foto: David Nadlinger, Universidade de Oxford, Inglaterra)
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