Portugal na Primeira Grande Guerra
9 de abril de 1918. O capitão Beleza dos Santos atravessa uma densíssima barragem de artilharia e consegue salvar a sua bateria, gravura a água forte de Adriano de Sousa Lopes (1879–1944). Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa
9 de abril de 1918. Lacouture sob o bombardeamento, gravura a água forte de Adriano de Sousa Lopes (1879–1944). Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa
Uma sepultura portuguesa na terra de ninguém, 1918, gravura a água forte de Adriano de Sousa Lopes (1879–1944). Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa
Uma encruzilhada perigosa, 1918, gravura a água forte de Adriano de Sousa Lopes (1879–1944). Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa
Adriano de Sousa Lopes, de quem já aqui falei há cerca de seis meses, foi um pintor e desenhador português, que foi enviado para a frente de batalha em 1917, na qualidade de oficial encarregado de documentar iconograficamente a participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial. Desta sua missão, resultou um conjunto de impressionantes desenhos a água forte, sob o título genérico de Portugal na Grande Guerra, em que o artista nos dá, em dramáticos instantâneos, um testemunho da vida nas trincheiras, dos combates travados pelo Corpo Expedicionário Português e das suas consequências, nos campos da Flandres.
Posteriormente, Sousa Lopes foi encarregado de documentar a mesma guerra em grandes telas que se encontram no Museu Militar de Lisboa, que fica em frente à estação de Santa Apolónia. Independentemente do valor artístico, que é enorme, de muitas das obras que podem ser admiradas em diversas salas do Museu Militar de Lisboa (de Columbano Bordalo Pinheiro, José Malhoa e outros), acho que a secção do museu dedicada à Primeira Guerra Mundial é a única que merece verdadeiramente ser visitada, muito por causa do enorme dramatismo emprestado por Sousa Lopes às suas pinturas. Elas mostram-nos como a Primeira Guerra Mundial foi vivida pelo Corpo Expedicionário Português.
Destruindo o obus, dramática tela de Adriano de Sousa Lopes (1879–1944). Museu Militar de Lisboa
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