Graciosa elasticidade
Dança tradicional do povo Kao-Nyaro, das Montanhas Nuba, Kordofan do Sul, Sudão, registada em filme pelo catalão Antonio Cores em 1972. A música que acompanha este vídeo não tem qualquer relação com as imagens exibidas e ainda por cima é feia. Muito provavelmente, o filme original não tinha som. Quando foi filmada, esta dança devia ser acompanhada pelo ritmo de tambores africanos, à semelhança do que se vê nesta fotografia feita em 1949 por George Rodger. Recomendo por isso que o vídeo seja visto sem som. Enquanto observarmos a graciosidade dos gestos, a elasticidade dos movimentos e a esbelteza dos corpos cobertos de argila fresca, imaginemos ao mesmo tempo um ritmo de batuque
Comentários: 4
Porque raio o António Cores não levou os microfones e registou a música. Não havendo som, podiam ter escolhido um batuque africano.
Gostei do video, idêntico em muitas formas a danças dos povos das nossas ex-colónias !
Realmente, quem tinha meios para filmar a cores, numa época em que isso não era muito comum a nível de uso pessoal, também deveria ter meios para gravar o som.
Quase sempre (ou mesmo sempre) a estas danças estavam associados rituais ou celebrações... assim ficamos limitados à apreciação da graciosidade e à busca de quem ainda a procura.
Eu acho que desde que a Humanidade existe, existe a dança como expressão de sentimentos individuais ou coletivos. Já no Velho Testamento se conta que o rei David dançou de júbilo no cortejo em que a Arca da Aliança foi transportada para Jerusalém. A dança é uma das formas básicas de expressão cultural por parte de todos os povos do mundo. Dança-se para adorar uma divindade (caso da dança do rei David), dança-se para seduzir, dança-se para amedrontar o inimigo, dança-se para exprimir alegria ou tristeza, dança-se porque sim, dança-se porque não.
Enviar um comentário