Divertimento N.º 1 de Mozart
Divertimento para Orquestra de Cordas N.º 1 em Ré Maior, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756–1791), K. 136 (isto é, n.º 136 do catálogo Köchel das obras de Mozart), escrito quando o compositor tinha 16 anos de idade. Interpretação pelo violinista finlandês Pekka Kuusisto e a Orquestra de Câmara Norueguesa
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Mozart foi mesmo um menino amado pelos deuses...
Outro abraço, Fernando!
Mozart foi mesmo um menino amado pelos deuses...
Outro abraço, Fernando!
Em finais dos anos 80, passei alguns meses em Viena por motivos profissionais. É claro que procurei tirar o máximo proveito possível durante as horas vagas ao fim de um dia de trabalho, assim como aos fins de semana.
Viena era uma cidade verdadeiramente fascinante, e não era só por causa dos seus museus e dos seus monumentos. Viena era uma forma de estar na vida, alegre e descontraída, sem ponta de stress, e cheia de belas mulheres, extraordinariamente simpáticas e elegantes, que faziam das ruas da cidade uma permanente e sorridente passagem de modelos. Receio que o turismo em excesso tenha entretanto acabado com esta Viena de que tanto gostei.
Para mim, fui uma surpresa a importância que os austríacos davam a Wolfgang Amadeus Mozart. Eu pensava que era só ao Johann Strauss que eles davam importância, por causa das valsas, mas não. Nas montras de todos os cafés (aliás confortabilíssimos) e de todas as pastelarias de Viena, estavam sempre expostas pilhas de bombons de chocolate, com recheio não sei de quê, embrulhados em papéis coloridos com o retrato de Mozart. Esses bombons tinham e têm o nome de "Mozart Kugeln" (esferas de Mozart) e eram consumidos aos milhares por vienenses e forasteiros como eu.
Embora tivesse nascido em Salzburgo, Mozart passou a maior parte da sua vida em Viena, residindo numa casa situada quase imediatamente atrás da fabulosa catedral gótica da cidade. Esta casa é agora uma casa-museu, que tive ocasião de visitar.
Também fiz questão de me deslocar ao cemitério central de Viena, que de central só tem o nome porque fica muito longe do centro da cidade, para prestar uma muda e sentida homenagem ao grande compositor (cuja música tantas horas de alegria me deu e continua a dar) junto do seu túmulo, aliás bastante modesto.
Para concluir, tive o ensejo de assistir a uma representação da sua ópera "A Flauta Mágica", na icónica Ópera de Viena. É verdade! Fui à ópera em Viena! Mas não pense que assisti refastelado na plateia ou no balcão, porque o bilhete para um tal lugar custava tanto ou mais do que o meu ordenado inteiro de um mês... Fui para os "galinheiros" mais "galinheiros" que se pode imaginar. Nem sequer tive direito a um lugar sentado numa bancada de pau! O meu bilhete só dava para assistir de pé, e com a cabeça a roçar no tecto da sala! Mas fui à ópera em Viena, ora essa! Desta proeza nem todos se podem gabar... :-)
Já que falei da ópera "A Flauta Mágica", dou-lhe a ouvir um "bombom" musical de Mozart. Trata-se do dueto "Papageno e Papagena", precedido de uma "tentativa de suicídio" do Papageno, que não tinha (nem nunca teria) coragem de levar a cabo:
https://www.youtube.com/watch?v=SUz4F0LjTwU
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