Três vozes antes da Revolução dos Cravos
LIVRE
Não há machado que corte
a raíz ao pensamento
não há morte para o vento
não há morte
Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida
sem razão seria a vida
sem razão
Nada apaga a luz que vive
num amor num pensamento
porque é livre como o vento
porque é livre
Carlos de Oliveira
EPÍGRAFE PARA A ARTE DE FURTAR
Roubam-me Deus,
outros o Diabo
-- quem cantarei?
roubam-me a Pátria;
e a Humanidade
outros me roubam
-- quem cantarei?
sempre há quem roube
quem eu deseje;
e de mim mesmo
todos me roubam
-- quem cantarei?
roubam-me a voz
quando me calo,
ou o silêncio
mesmo se falo
-- aqui d'El Rei!
Jorge de Sena
MUMPIOZO AME, por Alberto Teta Lando
Comentários: 2
Agrada-me particularmente a inclusão do lamento do Teta Lando nesse grupo.
Caro Romão,
Eu já tinha a intenção de incluir uma canção do falecido Teta Lando aqui no meu blogue. Ele merecia.
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