19 dezembro 2020

Édipo e a Esfinge


Primeira representação (definitiva) de Édipo e a Esfinge, óleo sobre tela de Ingres (1780–1867), Musée du Louvre, Paris, França

Segunda representação de Édipo e a Esfinge, óleo sobre tela de Ingres (1780–1867), Walters Art Museum, Baltimore, Estados Unidos da América

Édipo e a Esfinge, pequeno esboço a óleo de Ingres (1780–1867), National Gallery, Londres, Reino Unido

"Édipo e a Esfinge" é uma pintura do artista neoclássico francês Jean-Auguste-Dominque Ingres (1780-1867). Melhor dizendo, são duas pinturas. Vendo bem, são três pinturas de Ingres, duas definitivas e um esboço. Para concluir, poderemos dizer que ele ao todo fez quatro pinturas. E chega… 

Em concreto, o que Ingres realizou sobre "Édipo e a Esfinge", foi o seguinte:

— uma primeira pintura, realizada no ano de 1808, quando ele ainda era estudante, na qual Édipo é representado voltado para a esquerda;

— um pequeno esboço a óleo, feito em 1826, como experimentação para uma remodelação e ampliação da primeira pintura; este esboço está em Londres, na National Gallery;

— a primeira pintura na sua versão definitiva, depois de ter sido remodelada e ampliada em 1827, a qual está em Paris, no Museu do Louvre;

— uma nova pintura sobre o mesmo tema, mas em que Édipo aparece virado para a direita; este quadro está em Baltimore, Estados Unidos, no Walters Art Museum.

Reza a mitologia da Grécia Antiga que, à entrada da cidade de Tebas, estava uma esfinge, que era uma criatura híbrida, com corpo de leão, asas de ave e cabeça de mulher. Esta criatura colocava a todos os passantes um enigma, para que eles adivinhassem. Se eles não soubessem adivinhar, a esfinge devorava-os. O enigma era o seguinte:

— Que animal caminha sobre quatro pernas de manhã, duas pernas durante o dia e três pernas à noite?

Édipo adivinhou, respondendo que esse animal era o homem. De manhã, isto é, na infância, o homem gatinha. Ao meio-dia, ou seja, na maturidade, o homem caminha ereto sobre dois pés. À noite, que corresponde à velhice, ele caminha apoiado numa bengala.

Furiosa por Édipo ter descoberto o enigma, a esfinge matou-se, atirando-se a um precipício.

Os quadros de Ingres representam o momento em que Édipo enfrenta a esfinge e lhe responde. Na base da rocha sobre que a esfinge está pousada, veem-se ossadas de anteriores vítimas, que não conseguiram decifrar o enigma.

Comentários: 2

Blogger Rogério G.V. Pereira escreveu...

Eu, da primeira vez que me perguntaram isso
respondi certo... não seria comido
mas que me perguntou
também não se matou

19 dezembro, 2020 21:29  
Blogger Fernando Ribeiro escreveu...

Para ser sincero, não tenho certeza nenhuma de que conseguiria adivinhar. O mais provável seria não conseguir, porque sabendo que a Esfinge me poderia devorar, eu ficaria tão nervoso que não atinaria com resposta nenhuma.

24 dezembro, 2020 02:20  

Enviar um comentário