Gina
Agora, a minha paixão
São duas mãos pequeninas
Que cabem na minha mão!
Mimosas como boninas,
De pequeninas que são,
Travêssas, leves, franzinas,
Põem tudo em confusão…
Têm fúrias repentinas
E afagam com devoção…
Mãos de carícias divinas!
Enchem-me a casa de ruínas
E cabem na minha mão…
João Saraiva (1866–1948)
(Foto de autor desconhecido)
Comentários: 2
Que bonito!
Boa semana:))
Obrigado, cara Isabel, pelo seu comentário.
O poeta foi meu bisavô, que não conheci, porque morreu antes de eu nascer. Como se está mesmo a ver, este é um poema de um avô babado sobre a sua primeira neta, que se chamava Gina e era muito traquina, como quase todas as crianças.
Boa semana para si também.
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