Um satélite de Neptuno chamado Tritão
Tritão, satélite do planeta Neptuno (Foto: NASA/JPL-Caltech/Lunar & Planetary Institute)
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Poderão ser consideradas novas umas imagens que têm 25 anos de idade? A resposta é sim. O cientista Paul Schenk, do Lunar and Interplanetary Institute, em Houston, Texas, Estados Unidos, pegou em fotografias de um satélite do planeta Neptuno, chamado Tritão, obtidas em 25 de agosto de 1989 pela sonda robótica Voyager 2, restaurou-as e produziu um detalhado mapa do referido satélite. Este mapa, por sua vez, possiblitou a realização de um filme em time frame, com cores quase reais, o qual nos mostra o que a referida sonda "viu" quando passou há 25 anos junto ao satélite Tritão. Este mapa e este filme são efetivamente novos.
As sondas Voyager 1 e Voyager 2 foram lançadas em 1977. A Voyager 1 é o mais distante de todos os objetos alguma vez fabricados pelo homem. Neste momento ultrapassou o limite mais extremo do sistema solar e navega já no espaço interestelar, a uma velocidade superior a 61 mil quilómetros por hora. A Voyager 2, por seu lado, seguiu uma rota diferente da sua "irmã gémea" e "visitou" os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno, antes de seguir, também ela, rumo ao espaço interestelar. Neste momento ela deve estar prestes a atingir o limite do sistema solar.
Apesar de terem sido fabricadas e lançadas há quase quarenta anos, numa época em que a tecnologia não estava tão avançada como agora, estas duas sondas robóticas continuam a funcionar e a enviar dados para a Terra! E deverão continuar a funcionar por muitos e largos anos mais. Espera-se que a Voyager 2, por exemplo, só perca o contacto com a Terra depois do ano 2030!
Uma das sondas robóticas Voyager 1 ou Voyager 2. Elas são iguais (Foto: NASA)
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Desde que Plutão foi "despromovido" a planeta anão pelos astrónomos, Neptuno passou a ser o planeta conhecido do sistema solar que se encontra mais longe do Sol. E porque foi que Plutão foi "despromovido"? Porque é efetivamente pequeno. Plutão é um pouco mais pequeno do que a Lua, o satélite natural da Terra. Por sua vez Tritão, o satélite de Neptuno, cujas imagens aqui admiramos, é mais ou menos do mesmo tamanho que Plutão.
O que a sonda Voyager 2 nos permitiu saber, entre outras coisas, foi que Tritão tem erupções vulcânicas de azoto e poeiras, encontrando-se a sua superfície à temperatura aproximada de -236 graus Celsius. A superfície de Tritão encontra-se coberta de azoto sólido translúcido sobre um substrato mais escuro, numas zonas, e de gelo (água sólida), noutras zonas.
Neste momento, uma outra sonda robótica, lançada em 2006 e chamada New Horizons, encontra-se naquelas paragens, tendo cruzado a órbita de Neptuno na passada segunda-feira, 25 de agosto de 2014. Esta sonda tem como missão chegar até Plutão, devendo atingir este planeta anão em 14 de julho de 2015.
O belo planeta azul chamado Neptuno, nome do deus dos mares na mitologia romana, numa fotografia feita há 25 anos pela sonda Voyager 2 (Foto: NASA)
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